domingo, 13 de setembro de 2009

ROLLING STONES: 'Não me arrependo', diz guitarrista que deixou a banda em 1974

Depois de ter participado de umas das fases mais criativas da banda de Mick Jagger, hoje, Mick Taylor faz shows em bares e tem contas atrasadas. Envolvimento com drogas foi motivo da saída, diz a jornal inglês.

Após décadas de carreira, os Rolling Stones continuam sendo uma das bandas que mais faturam no mundo. Somente com shows, o grupo já arrecadou mais de R$ 5 bilhões, segundo o jornal britânico 'Mail on Sunday'. A publicação traz neste domingo (13) um perfil do guitarrista Mick Taylor, que foi integrante dos Stones entre 1969 e 1974, quando deixou o grupo voluntariamente. Enquanto ocupou a posição de guitarrista principal, os Stones lançaram álbuns clássicos como 'Exile On Main Street', 'Let It Bleed' e 'Sticky Fingers'. Com ele foram gravadas as versões originais de canções como 'Honky Tonk Women', 'Wild Horses', 'Angie' e 'It’s Only Rock And Roll', destaca o 'Mail on Sunday'.

Atualmente, aos 61 anos, Taylor faz shows em pubs, vive em uma casa simples e mal-cuidada na área rural de Suffolk e, segundo a reportagem, tem contas a pagar e avisos de corte de água e luz acumuladas. Desde 1982, não vê um centavo em royalties da época em que tocou com os Stones. Segundo Taylor, eles se aproveitaram de uma falha contratual para cortar seu pagamento. "Tentei falar com Mick (Jagger) um par de vezes, mas percebo que contratar um advogado é provavelmente a única forma de me levarem a sério. Mas eles sabem que não vou fazer nada a respeito", diz. Em seguida, muda de ideia: "Vou fazer algo a respeito porque é moralmente errado cortar meus royalties por aqueles seis álbuns". Guitarrista considerado talentoso, Taylor havia tocado por três anos com John Mayall antes de se juntar aos Stones. Na entrevista ele diz que na época gostava mais dos Beatles e que queria elevar o nível da banda, mas que os outros integrantes queriam ficar sempre na mesma. Resolveu sair em 1974, quando seu envolvimento com drogas se tornou preocupante. "As pessoas sempre me perguntam se me arrependo de ter deixado os Rolling Stones. Eu não ligo para isso - se tivesse ficado na banda, provavelmente estaria morto", conta. "Estava tendo dificuldades com a adição às drogas e não teria durado. Mas agora estou livre disso e tenho estado por anos. Minha vida é tão melhor agora do que ser um membro drogado dos Stones. Portanto, não, não me arrependo de ter saído", aponta, e completa: "As pessoas que me conhecem de verdade fazem outra pergunta - se eu me arrependo de ter entrado nos Stones. Para mim, isso é muito mais astuto".

História
Para conhecer um pouco sobre Mick Taylor

Não há como negar a grande seqüência de álbuns clássicos dos Rolling Stones lançados durante o final dos anos 60 e início dos 70 - 1969, Let It Bleed, de 1970 et Yer Ya Ya's Out, Sticky Fingers de 1971, e 1972's Exile on Main Street. Mas, enquanto Jagger e Richards recebeu a parte do leão nos créditos para os álbuns acima descritos, foi o trabalho de guitarra de Taylor, como também sua contribuição nas canções escritas, ambos não creditados, que ajudaram a tornar esses álbuns tão especiais. Nascido Michael Kevin Taylor em 17 de janeiro de 1949, em Welwyn Garden City, Hertfordshire, Inglaterra (mas criado no subúrbio de Londres de Hatfield), Taylor pegou o primeiro violão aos 9 anos de idade - inspirado na guitarra. pelo seu tio guitarrista. No início dos anos 60, Taylor viu bandas com uns tais e obscuros nomes locais chamados "Júnior e os Deuses", e durante o qual ele minuciosamente vinha se aperfeicoando com tecnicas dos guitarristas de blues, tais como Freddie King e Albert King. Diz a lenda que Taylor estava na platéia de um "tal" John Mayall & the Bluesbreakers show em sua cidade natal, durante junho de 1966, um concerto que o então guitarrista dos Bluesbreakers, Eric Clapton deixou de aparecer. Taylor se ofereceu como substituto na falta de Clapton, e deixou uma grande impressão em Mayall. Mas antes que os dois podessem falar sobre a possibilidade de continuar a trabalhar em conjunto, o tímido Taylor já havia deixado o clube (sem deixar para trás qualquer informação de contato) - levando a contratação da banda de Peter Green. Mas quando Green deixou um ano depois, Mayall foi capaz de rastrear Taylor, finalmente, através de um anúncio simples, oferecendo o lugar ao posto vago ao talentoso guitarrista, que foi imediatamente contratado . Taylor posteriormente gravou ainda nos anos 60, ábuns com Mayall intitulados, Diary of Band, Crusade, Bare Wires e Blues from Laurel Canyon.

Fontes: G1/All Music

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