quarta-feira, 30 de setembro de 2009

MAURO REFOSCO: ‘Já sou macaco velho’, diz brasileiro que vai tocar com Thom Yorke

Catarinense Mauro Refosco, 42, faz parte do grupo Forro in the Dark. Banda ainda sem nome reúne cantor do Radiohead, Flea e Nigel Godrich.
Thom Yorke, vocalista do Radiohead, acaba de anunciar uma nova superbanda para acompanhá-lo em suas apresentações solo. Como foi noticiado ontem aqui no Blog, o grupo formado pelo baixista Flea (Red Hot Chili Peppers), o baterista Jay Waronker (que já tocou no R.E.M., entre outros) e o produtor Nigel Godrich (que já trabalhou com Beck e Pavement) inclui ainda um integrante brasileiro - que anda agitando as noites nova-iorquinas com uma mistura de forró com rock - na percussão. “O Thom tinha essa ideia de fazer alguns shows com o projeto solo dele, com músicas do ‘The eraser’ e outras que ele está trabalhando recentemente. Como tem muito ritmo e beats nesse projeto, eles estavam procurando um percussionista, e o Joey Waronker me recomendou”, conta o multiinstrumentista catarinense Mauro Refosco, 42 anos, que está ensaiando com a banda há três semanas. Os primeiros shows estão marcados para os dias 4 e 5 de outubro no Teatro Orpheum, em Los Angeles. “Está soando bem rock ‘n’ roll”, adianta Refosco. “O Thom Yorke tem um jeito bem peculiar de fazer música. E ao vivo tem o lance da energia, uma adrenalina que te empurra. É uma música, assim, superior”, resume, definindo a relação com o cérebro do Radiohead como “super relax”. “Ele é totalmente gente boa, libriano como eu, tranquilo. Não tem essa coisa de rockstar, de diva que às vezes rola. Ele é super relax, educado e gente boa. O Flea também é assim, todo mundo é pai de família.” “Dá pra sacar que o lance musical que o Thom Yorke faz é bem único", continua. "Ele sente aquilo, ele vive aquilo. Eu conheço o Radiohead e o ‘The eraser’, e quando comecei a tocar com ele percebi que é verdade mesmo – o cara escuta aquilo, ele sente a música e saca os beats. Pro cara fazer um trabalho assim ele tem de ter uma dedicação gigante, ele é muito trabalhador”, observa.
O grupo ainda não escolheu um nome. “Estamos mais preocupados em aprender a música”, ri o brasileiro, dizendo que não ficou tenso ao tocar pela primeira vez com Yorke. “Já sou macaco velho.” conclui.
Fonte: G1

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