segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Jerry Lee Lewis: Mesmo sem o mesmo fôlego, contagia SP.

Assim como foi com Chuck Berry no último mês, na Via Funchal, São Paulo viu mais um ícone do rock, também considerado "pai" do gênero, se apresentar. Desta vez, foi o pianista Jerry Lee Lewis, 73 anos, que relembrou grandes momentos de sua carreira no palco do Credicard Hall, na noite desta sexta-feira (19).


Após a abertura do grupo liderado por Edinho Santa Cruz, que se limitou a tocar covers de clássicos do rock, a banda de Jerry subiu ao palco sozinha para quatro músicas por volta das 23h. Neste momento, muitos fãs já haviam abandonado seus lugares sentados para guardar um lugar no "gargarejo" na beira do palco.
Após 15 minutos, o pianista surgiu do backstage caminhando lentamente. Ovacionado, o americano, que completa 74 anos no final deste mês, limitou-se nas palavras. "Oh yeah. Obrigado", disse.
Com a voz longe de sua potência na juventude e o pique também bem aquém de seu auge, o pianista provou que o instrumento ainda está em seu domínio. Com suas famosas "marteladas" nas teclas, Lewis não economizou em seus solos e bases com andamentos ritmados.


Intercalando músicas aceleradas com baladas em um ritmo country, estas propícias para recuperar o fôlego, o pianista conseguiu embalar o público, com uma boa parcela de jovens vestidos no perfil "rockabilly" com topetes erguidos e camisas de mangas dobradas.

Neste meio tempo, os seguranças da casa tiveram dificuldade para dispersar o público que se aglomerou na beira do palco e teve que ser conduzido para suas cadeiras. Mesmo assim, boa parte optou por ficar nas beiradas do palco onde podiam dançar e até arriscar alguns passos tradicionais dos bailes dos anos 50. Com a voz rouca e fraca, Jerry Lee Lewis arriscou poucas palavras com o público, mas sorriu ao conferir o público quebrando o protocolo dançando sucessos como Roll Over Beethoven, de Chuck Berry, e Great Balls of Fire, seu maior hit que ganhou esforço extra na hora dos agudos. Pouco antes de completar uma hora de show, enquanto sua banda ainda tocava um improviso, o pianista deixou seu posto e, ainda lentamente, caminhou para fora do palco se despedindo da plateia.






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