sábado, 22 de dezembro de 2012

ROLLING STONES: Em cerimônia privada, Ronnie Wood casa-se pela terceira vez em Londres.

O site da revista "US Weekly" divulgou uma foto do casamento de Ronnie Wood, guitarrista dos  Rolling Stones, com Sally umphreys, produtora, 31 anos mais nova que o músico.
Wood, de 65, se casou pela terceira vez em uma cerimônia privada, que aconteceu nesta sexta-feira (21), em Londres. O casal estava namorando há seis meses quando o anúncio foi feito, em outubro deste ano.
De acordo com o site, Keith Richards, também guitarrista da banda, e o músico Rod Stewart foram padrinhos do casamento.
Segundo o tabloide inglês "The Sun", Wood tornou pública sua decisão de se casar somente após a confirmação da turnê de 50 anos de carreira dos Rolling Stones, o que lhe permitiu assegurar sua situação financeira.
Wood oficializou o divórcio de sua segunda mulher em 2011, embora o relacionamento, que durou mais de 20 anos – eles tiveram dois filhos – tenha acabado em 2008. Posteriormente, o músico iniciou uma relação com Ekaterina Ivanova, uma garçonete russa de 21 anos, e também namorou a modelo brasileira Ana Araújo.
Nesse mesmo período, Wood, que também foi casado com a ex-modelo Krissy Findlay, voltou a ser internado em uma clínica de reabilitação para lidar com sua dependência de drogas e de álcool.
 
 
Fonte: G1 - Fotos: AFP e US Weekly.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

JIMMY PAGE: O último reduto de um mito.



Por Paulo Severo da Costa

Recentemente li a biografia do LED segundo MICK WALL. Essa coisa toda de biografia, autorizada ou não, ainda que seja fundamental para o acréscimo aos parcos conhecimentos que temos da indústria da música e da essência de seus personagens, nos mostra a visão do autor, absolutamente parcial, sobre o processo. Entretanto, romanceada ou não, a obra é ok para os neófitos em anos 70 e escancara legal a sutileza digna de um trator sem freios típica do “way of life” da época.
Mas, mais do que isso, o livro me fez pensar fundamentalmente em uma figura, aquela que parece ser não só o catalisador e fundador da banda – mas, além de tudo, um signo representativo da insanidade do rock n´roll – e a primeira imagem que me vem na cabeça quando penso em um guitarrista. Como JIMMY PAGE se tornou essa figura icônica, essa referência futura em visual, postura e sonoridade para tudo o que veio depois?
Antes de PAGE, o rock n´roll, claro, já tinha suas alegorias: do topete de LITTLE RICHARD à guitarra que HENDRIX solava com os olhos semicerrados e metade da língua para fora – mas PAGE parecia ter mais a oferecer. Da imagem nerd completamente apagada quando cursava Artes até o “visual de heroína” dos shows de 79, PAGE encarnou o cramulhão da garrafa, o espírito desavisado, o vadio bêbado perambulando pelo palco com uma Les Paul na altura dos joelhos.
Se tivesse seguido uma carreira exclusiva como produtor, PAGE estaria em seu habitat natural. Fato incontroverso é a qualidade de discos como “Led Zeppelin IV” e “Houses of The Holy” no quesito “construção de muralhas”. PAGE nunca foi o mais rápido, nem o mais técnico dos guitarristas – seguramente foi o que mais conheceu de gravação de guitarras em estúdio. O requinte de “The Battle of Evermore”, o doce/amargo de “Over The Hills and Far Away”, o estado neurótico de “Kashmir”, a barreira de “Achilles Last Stand” jamais conseguiram a proeza de serem reproduzidas ao vivo com a mesma densidade e força de seus registros em estúdio.
Ao assistir, pela primeira vez há dez anos a compilação dos shows de Earl´s Court em 1975 pode-se notar duas coisas: se ao vivo, o LED não tinha metade da técnica que o PURPLE possuía – no quesito carisma eram imbatíveis. Nessa configuração, PAGE paira como um anjo caído, um serviçal do instrumento pronto para ceder aos próprios joelhos ao caminhar toscamente pelo palco. Em segundo, fica clara a constatação de que o admirador de ALEISTER CROWLEY era o epicentro da banda, a referência de BONHAM para improvisar, o contraponto de JONES, o contra canto de PLANT.
Se HANK MARVIN foi uma de suas influências, SLASH e JOE PERRY jamais teriam aparecido – não nesse formato! – se não fosse ele. O casaco de dragão com as costelas magras a mostra, a cabeleira escondendo o rosto, o solo despojado e a guitarra “egoísta”. PAGE foi além de todo o misticismo ligado a seu nome, às acusações de bruxaria, à crítica dura e ácida sobre seus trabalhos em estúdio, ao excesso. Foi o último reduto de um mito.
 
 
Fonte: Combate Rock.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

RUSH: Guitar Center, traz a banda para a sua "calçada da fama".


LUCIANO BORBOREMA – Território Eldorado.

A banda canadense Rush se junta aos nomes do rock como AC/DC, Aerosmith, Marvin Gaye, James Brown, Eric Clapton, Jimmy Page, Johnny Cash, e tantos outros, e passa a fazer parte da RockWalk. O espaço em Los Angeles é uma espécie de Calçada da Fama da loja Guitar Center, uma das maiores redes de instrumentos musicais dos Estados Unidos.
Estamos muito satisfeitos por termos sido escolhidos por nossos colegas músicos para o RockWalk da Guitar Center. É uma honra ter nossos nomes adicionados a esta ilustre lista de grandes músicos e altamente talentosa”, disse o vocalista Geddy Lee, de acordo com o site Blabbermouth.net.
Dave Weiderman, presidente do RockWalk também falou sobre essa homenagem. “Não só o Rush é extraordinário como uma banda, mas cada membro é incrivelmente talentoso em sua própria direção”. O Rush é formado por Geddy Lee (baixo, teclado e vocal), Alex Lifeson (guitarra) e Neil Peart (bateria). O trio soma mais de 40 milhões de discos vendidos no mundo inteiro.

História

A banda começou tocando covers de Led Zeppelin e não negou a influência no começo da carreira: o álbum “Rush”, de 1974, tem a mesma pegada da banda americana. O segundo disco, “Fly by Night”, marcou a união do trio conhecido até hoje. O baterista Neil Peart juntou-se ao guitarrista Alex Lifeson, o baixista Geddy Lee, todos conhecidos pela técnica apurada.
Caress of Steel, de 1975, trouxe uma mudança que desagradou a gravadora e seus primeiros fãs. Com canções calcadas na virtuose de seus músicos, como a longa “The Fountain of Lamenth”, com 20 minutos, o CD prenunciava o estilo por qual a banda ficou conhecida : o rock progressivo.
Os discos “2112″, “A Farewell to Kings” e “Hemispheres” foram a grande virada na carreira. Como grandes space operas, os álbuns trazem músicas que até hoje são pontos altos nos shows, como “Temple of Syrinx”, “Closer to the Heart” e “La Villa Strangiato”. As letras, com influência de literatura e astrologia, eram em grande parte do baterista Neil Peart.
Em 1980, o CD “Permanent Waves” traz os primeiros sucessos comerciais, mais no gosto das rádios, como “The Spirit of Radio” e “Freewill.” Em 1981, a banda grava “Moving Pictures”, o mais conhecido da carreira, trazendo grandes hits como “Tom Saywer” e a instrumental “YYZ”. No mesmo ano é lançado “Exit Stage Left”, o primeiro ao vivo da banda.
Em 1982, o Rush entra de vez nos anos oitenta abusando dos sintetizadores com o álbum “Signals”. Mesmo assim é possível encontrar grandes provas do virtuosismo dos músicos como em “Subdivisions”, presente no setlist da atual turnê. “Grace under Pressure”, “Power Windows” e “Hold your Fire” foram ainda mais experimentais no uso dos instrumentos eletrônicos.
Com “Presto”, lançado em 1989, a banda voltou às origens, apostando nas guitarras e baixos marcantes. “Roll the bones”, “Counterparts” e “Test for Echo”, de 1996, seguiram a mesma linha.
Por um bom tempo a banda só lançou compilações, o que levantou dúvidas quando à volta do trio ao estúdio. Na época o baterista Neil Peart perdeu sua única filha em um acidente de carro. Com o trauma embarcou em uma viagem de moto solitária pelos EUA e declarou-se aposentado da banda. A experiencia rendeu o livro, “Ghost Rider: Travels on the Healing Road.”
A reunião aconteceu para a gravação de “Vapor Trails”, em 2002, trazendo o Rush de volta aos palcos com uma turnê de sucesso. Desde então já lançaram dois CDs: “Feedback”, com covers de bandas como The Who e Cream, e o elogiado “Snakes and Arrows”, que chegou ao 3º lugar do TOP 200 da Billboard.
Em 2010, foi lançado o documentário “Rush Beyond the Lighted Stage”, contando a história da banda e reunindo depoimentos de vários músicos. O filme ganhou o prêmio da audiência do Festival de Tribeca. O último disco de estúdio dos canadenses é “Clockwork Angels” (2012).