quinta-feira, 1 de outubro de 2009

MAURO REFOSCO: Conheça mais sobre esse brasileiro, que fará parte da banda solo de Thom Yorke, vocalista do Radiohead.

Mauro Refosco já se sente um veterano quando diz "Já sou macaco velho" embora ainda com 42 anos, brasileiro que mora nos Estados Unidos, acompanha David Byrne, quando o ex-lider dos Talking Heads sai em turnê.


Residente em Nova York desde 1992, Refosco começou a tocar com David Byrne (ex-Talking Heads) em 1994 e desde então acompanha o músico em turnês. “Foi por ele que decidi ficar na cidade, viramos grandes amigos”, conta o artista, que inclui no currículo trabalhos com a amiga Bebel Gilberto e com o grupo Vampire Weekend. Atração fixa na casa de shows Nublu, em Nova York, há sete anos, sua banda Forro in the Dark – com Jorge Continentino, Davi Vieira e Guilherme Monteiro – lança o segundo álbum de inéditas, “Light a candle”, em outubro. O primeiro, “Bonfires of São João” (2006), foi responsável por colocar Luiz Gonzaga no repertório de David Byrne (que criou uma versão nova para “Asa branca”) e de Miho Hatori, integrante do grupo Cibo Matto (que canta em japonês a faixa “Paraíba”). “Por muitos anos a referência de música brasileira fora do Brasil era bossa nova e um pouco de samba-jazz. A bossa é maravilhosa, mas o Brasil é muito mais do que isso”, diz. “Era um movimento elitista da zona sul do Rio, eram todos intelectuais. Já o forró é algo muito mais popular, e tem muitas similaridades com a country music dos Estados Unidos.” Mais autoral, o novo trabalho do Forro in the Dark ganhou título inspirado em uma música de Neil Young. “Quando gravamos o disco, Bush estava saindo do poder, e parece que as pessoas começaram a respirar depois de uma longa fase de repressão política”, diz.

O álbum, lançado por um selo da National Geographic em parceria com a Nublu, tem duas letras em inglês, uma em espanhol e o restante em português. Mas, no fundo, o idioma não importa tanto, já que, diferente do samba, “forró todo mundo dança”.

Quando você vê uma pesssoa sambando muito bem, é intimidador”, diz Refosco. “Já no forró ninguém fica se comparando. Todo mundo acaba dançando de qualquer jeito.” Conclui.

Fonte: G1\Fotos: Myspace - Forro In The Dark

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