QUEM DIRIA, O VELHO VINIL ESTÁ DE VOLTA AO MERCADO BRASILEIRO.
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Depois de fechar as portas em 2007, e deixar os saudosistas de plantão orfãos, o velho vinil parece voltar das cinzas com força total, a boa noticia vem acompanhada de quatro relançamentos nacionais nesta semana, são eles: O Pop\Rock de vanguarda mineira da cantora Fernanda Takai com "Onde brilham os olhos seus"; Os roqueiros do mangue pernambucano Nação Zumbi com "Fome de tudo"; Os roqueiros gaúchos Cachorro Grande com "Cinema" e finalmente por enquanto a roqueira baiana Pitty com "Chiaroscuro". A diversificação destes primeiros quatros lançamentos em Vinil soa no minimo curioso, já que, embora a gravadora Deckdisc se citue em um dos estados que podemos chamar de berço cultural e artistico nacional, o Rio, nenhum dos quatro lançamentos em vinil iniciais estejam ligados ao eixo Rio\São Paulo, ou seja, pelo menos em termos de diversificação cultural demográfica não existe centralização.
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"ZUMBIS" DE ETILENO
No final da década de 80, com o surgimento em massa do CD, os vinis foram perdendo espaço rapidamente, para o que seria o boom da década de 90, a popularização do Compact Disc, que em seguida exigiu das gravadoras inumeros relançamentos, já que o CD em seu conteúdo era totalmente digital, deixando a qualidade son
ora mais supostamente limpa, entretanto, o vinil vinha de uma época analógica, no entanto os audiófilos que não aceitavam uma mudança, digamos, tão radical a sonoridade contida no disquinho digital, relutaram até hoje pelo não fim dos "Bolachões", e parece que essa perceverança vem surtindo os efeitos desejados, só nos Estados Unidos ano passado, a vendas de vinis contabizaram 2,5 milhões de bolachôes vendidos, na Europa o numero de lançamentos de vinis acompanhados por outras midias vigentes, bateram todas as espectativas ano passado, o interesse é tão intenso e comercialmente viável que tempos atrás só as grandes bandas de rock tinham o previlégio de lançar o Vinil, como forma de agradar a um pequeno e seleto grupo de fãs fiés ao formato analógico, atualmente esse previlégio vem sendo ampliado para praticamente todas as bandas que se dispunha a lançar em formato vinil. Agora com o resurgimento de fato do velho vinil pela independente gravadora Deckdisc, nas mãos do empresário João Augusto, que precisou de um ano para fazer torna-se realidade a volta do "bolachão". E pelo últimos acontecimentos, tudo indica que vem renascido das cinzas e a todo vapor, o que parecia enterrado para sempre.
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Texto: Boterock\Fotos: Camila Maia (O Globo).
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