quinta-feira, 16 de setembro de 2010

SCORPIONS: João Pessoa, 11 de setembro 2010 - Resenha.

Por Almir Lopes
Quando fui ao primeiro show da banda Scorpions em Recife no ano de 2007, não tinha idéia que voltaria a assistir a banda por mais vezes, já que bandas lendárias como o Deep Purple, só passou pelo Nordeste uma vez, mesmo voltando ao Brasil em outras ocasiões.
SCORPIONS: Banda na sua chegada a João Pessoa.
Depois veio 2008 em Recife novamente, com uma mescla do seu set acústico lançado em DVD, numa performance primorosa em Portugal, o intitulado "Acustico" e na outra parte elétrica, com as guitarras no talo.
Mais depois de 40 anos de uma carreira ativa, o velho e bom Scorpião jogou a toalha e decreta e fim de suas atividades,  mas sem antes fazer uma despedida a sua altura e anunciar álbum novo e uma turnê mundial, passando pelos quatro cantos do mundo, sem dúvida uma despedida a altura de uma das bandas que entrou no seleto grupo de icones do Rock, fazendo parte dos anos de ouro do estilo Hard\Heavy que eles próprios ajudaram a criar e difundir mundo afora.
A banda Scorpions na sua primeira apresentação no Brasil
no último sábado (11) em João Pessoa-PB.
O primeiro contato que tive com a banda foi atráves do Rock In Rio, quando Klaus Meine e Cia., deram um show a parte, com uma energia supreendente, para cativar de vez os fãs brasileiros, numa apresentação antológica, naquele quente verão do mês de janeiro de 1985.
Assistir a banda pela terceira vez, era para mim uma satisfação impar, e ainda por cima sabendo que seria a última vez, outra supresa foi quando do anúncio do estado que iria representar o Nordeste nesta despedida, o primeiro anúncio veio com o show no Maranhão, na cidade de São Luis, no próximo dia 24 de setembro, com a demora de uma segunda data esperada para Recife-PE.  a ser anunciada, parecia que apenas São Luis iria ter o previlégio da despedida da banda em todo o Nordeste. Foi quando para a supresa de todos, o estado da Paraiba anúncia a realização do show da tournê "Get Your Sting And Blackout" dentro do recém criado "Sun Rock Music Festival" algo até então para os paraibanos, já acustumados a pôr a mochila nas costas e rumar para a vizinha capital Pernambucana. Com a novidade e a realização no último final de semana (Sábado 10 e 11 Domingo), João Pessoa foi a capital do Rock no Nordeste. 
SCORPIONS: 11 DE SETEMBRO DE 2010 - JOÃO PESSOA\PB.
Com um festival em grande estilo, o sábado foi inesquecível para os paraibanos e os demais nordetinos de diversas partes que lotaram o Estádio Almeidão no sábado (11). O clima foi de pura festa, e podia ser claramente percebido na satisfação dos milhares roqueiros paraibanos que estavam presente no estádio, em clima de festa os gaúchos do Cachorro Grande entraram em cena no palco 2, logo após dos ajustes de aúdio e luz do palco principal, onde iria se apresentar o Scorpions, em uma hora de show o Cachorro Grande deu seu recado, com seu rock n´roll cheio de energia e com raizes setentista.
KOTTAK ATTACK
Precisamente ás 21:50 começou a atração principal, sem muita cerimônia Klaus Meine, Rudolf Schenker, Matthias Jabs, James Kottak e Pawel Maciwoda, subiram no palco para delirio dos 18.000  mil fãs que debaixo de uma chuva fina mais persistente que começou com 15 min após o começo do show e durou aproximandamente 40 minutos, apenas parece ter esfriado os ânimos temporariamente, em cima do palco a banda não deixava a temperatura cair, Klaus Meine no decorrer do show, em momento algum buscou abrigo diante da chuva, também acontecendo com os demais membros que se movimentavam no excelente palco que foi montando exclusivamente naquela noite para a apresentação da banda alemã.
Fãs Alagoanos na porta do estádio Almeidão.

Com um telão que ocupava toda extensão do palco por trás do baterista James Kottak, causando um impacto visual deslumbrante, a banda foi detonando seus hits um atrás do outro, mas o destaque ficou por conta justamente do aloprado baterista Kottak, sem precisar tocar nenhum dos seus hits, o telão atrás de Kottak, trouxe uma nova dinâmica ao seu solo de bateria, é neste estante que um bom baterista faz a diferença, jamais poderiamos ver a trajetória da banda ser contada através de um solo de bateria, se por exemplo ainda fizesse parte da banda o intragável baterista Herman Rarebell.- que, graças a deus, resolveu deixar a banda em meados de 1995, e virou empresário (sábia decisão) -  Já com James Kottak os solos de bateria comecaram a existir nas apresentações do Scorpions, e dos 03 shows esse solo ficará para sempre nas minhas lembranças, quando o músico começa, logo se ver por trás no super telão a foto do álbum "Fly To The Rainbow" e assim começa a epopeia sonora e visual de Kottak, no filme que é rodado, lá esta ele como ator principal, já que o próprio percorre toda a narrativa visual entrelaçado nas imagens, fazendo uma viagem visual, dando vida as capas dos álbuns da banda, passando por várias etapas da carreira da banda, já o Kottak baterista e ao vivo, mantém o sincronismo perfeito, com as imagens que passa por trás do próprio, simplismente SENSACIONAL!.
O único ponto em comum nesta despedida, é a falta de um repertório mais clássico, já que é um show de despedida, praticamente não se ouve música alguma da fase setentista da banda, In Transe, um dos maiores sucessos da banda nos anos 70, é completamente esquecido como os demais álbuns lançados naquele periodo.

 Duas Horas e Meia.

Banda Scorpionsno último sábado (11),  com
Andreas Kisser ao centro - João Pessoa-PB. 
Outro ponto da passagem da banda em solo paraibano foi o fato  do guitarrista Rudolf Schenker ter declarado a um jornal do estado o tempo que duraria o show, Schenker disse que seria um show com mais de 2 horas, sem dúvida um momento de entusiasmo exacerbado do guitarrista, o show teve duração de exatos 1h:45m. 
Já no bis, uma grata surpresa, sobe ao palco Andreas Kisser do Sepultura, e todos executam um grande sucesso "Rock You Like a Hurricane" do álbum "Love At First Sting",  até então nenhum ineditismo, já que Kisser em 2008, acompanhou a banda em alguns shows na turnê "Eletro-Acustico", mas valeu por mais um encontro do rock brazuca com os Escorpiões alemães, em uma noite inesquecivel para o rock nordestino e principalmente Paraibano.              


Fotos: Boterock\Orecic\Jornal da Paraiba

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