O trocadilho acima de cunho "engraçadinho" não condiz com a realidade em relação aos preços exorbitantes que vem sendo cobrado nos shows internacionais aqui no Brasil, especialmente para esses dois shows (Rush e Bon Jovi) que seram realizados no mês de outrubro, o capitalismo sem limites destoa de uma forma cruel, deixando alguns verdadeiros fãs sem nenhuma alternativa e possibilidade financeira de estar próximo ao seu idolo, diante dos altos preços dos ingressos cobrados pelas empresas que agenciam a vinda das bandas para os shows em território nacional.
Rush & Bon Jovi - Preços exorbitantes dos ingressos nos shows, que afastam os fãs. |
Do Whiplash - Por Flávio Dagli.
Recentemente, mais dois grandes nomes do rock internacional confirmaram sua presença em palcos brasileiros. Rush e Bon Jovi tocarão por aqui em outubro, para alegria de seus milhares de fãs, que já se preparam para gastar suas economias em ingressos vendidos a preços exorbitantes.
A vinda dessas bandas ao Brasil não é grande novidade, já que de uns anos para cá o país se firmou como um dos principais destinos das turnês dos grandes nomes da música mundial. É só uma banda anunciar sua nova excursão de shows, que os brasileiros já esfregam as mãos, ansiosos pela confirmação das datas no país.
Anúncio da tournê em São Paulo e Rio, patrocinio que não barateia em nada. |
Esfregam as mãos e preparam o bolso. As entradas estão ficando cada vez mais caras e inacessíveis. Um bom exemplo é a diferença de preços cobrados pelos shows do Rush entre 2002 e este ano.
Na turnê Vapor Trails, o ingresso mais caro em São Paulo custava R$350, no setor chamado “pista VIP”. Hoje, o ingresso para o mesmo setor, agora rebatizado de “pista Premium”, no mesmo estádio do Morumbi, custa R$500. Aumento de 30%. O pior é lembrar que há 8 anos, o setor podia realmente ser chamado de VIP, com cadeiras colocadas bem próximas ao palco (Para se ter uma ideia, imaginando o palco posicionado em um dos gols do campo de futebol, esses assentos ficariam na grande área). Hoje, além de não ter cadeiras, a tal “pista VIP” se espalha por uma área bem maior do campo, chegando até bem próximo do círculo central. Ou seja, o fã pago mais caro hoje para ficar em pé e provavelmente mais longe do palco.
Bon Jovi vem ai! |
Bon Jovi: Fãs endieirado tem acesso exclusivo |
Outra coisa que assusta o espectador é a famosa “taxa de conveniência”, cobrada por algumas lojas para vender as entradas. A Fnac de São Paulo, por exemplo, cobra 20% a mais por cada ingresso. Uma pessoa desavisada pode pensar que a rede francesa está cobrando taxas européias sobre os ingressos, mas não é bem assim. Em Lisboa, a mesma Fnac cobra apenas €1,00 por entrada. Já em Barcelona, as taxas são mais altas, mas não chegam a muito mais que 10% do valor da entrada. Enquanto isso, no Hemisfério Sul...
Por essas e por outras as pessoas vêm recorrendo a carteirinhas de estudante falsificadas para tentar comprar as entradas por preços mais acessíveis. Erro de um lado, erro de outro. A farra dos ingressos também é justificada pela farra das carteirinhas de estudante. A solução seria protestar, fazendo um super boicote aos shows. Mas que fã vai deixar de ver sua banda preferida? Então o jeito é se conformar e continuar juntando dinheiro. Quem sabe quem vai desembarcar por aqui no ano que vem?
Texto inicial: Boterock.
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