sexta-feira, 11 de maio de 2012

UNEARTHLY: Banda carioca se apresenta hoje em Maceió-AL, em sua turnê pelo nordeste


O UNEARTHLY, banda carioca de Death/Black Metal, se propôs a estar no segundo grupo desde o início, e dando um salto definitivo de confiança no próprio trabalho, acaba de lançar seu novo trabalho, o CD ‘Flagellum Dei’, via Shinigami Records.
Todo gravado, mixado e masterizado nos Hertz Studios, na Polônia, sob a tutela dos irmãos Wojtek e Slawek Wieslawscy (que já produziram bandas do quilate do VADER, BEHEMOTH,  HATE, entre outros), o grupo conseguiu atingir um nível em sua música raramente visto no Brasil, e transforma este CD em um dos grandes discos do ano, pois todos os aspectos no tocante ao que é estúdio citados a priori estão em um nível elevadíssimo, bem como a parte gráfica, muito bem feita e bem cuidada, que é ressaltada pelo formato Digipack, e vemos juntamente com as letras, as explicações sobre os conceitos nelas abordados, evitando as famosas  consultas a verbetes em enciclopédias virtuais e impressas, e mesmo alguns comentários néscios que acabam gerando polêmicas desnecessárias envolvendo nomes de bandas.
Outro aspecto que salta os olhos são algumas contribuições no CD, como a participação de Steven Tucker (ex-MORBID ANGEL) nos vocais em ‘Osmotic Haeresis’, bem como de Nihil (vocalista da banda ENTERRO) no conceito de ‘Seven Six Two’, e do conhecido tatuador carioca Edu Nascimento na composição ‘Limbus’ (cujos créditos são divididos com o baterista Rafael Lobato).
Musicalmente, a banda deu um salto de qualidade enorme em relação ao CD anterior, ‘Age of Chaos’, pois a alquimia sonora da banda está mais equilibrada, bem como os arranjos estão dando um acabamento melhor às canções, e suas estruturas melódicas estão mais complexas e com alguns elementos de músicas regionais do Brasil aqui e ali sob a massa sonora, mostrando que o nível dos músicos que estão na banda também cresceu  e amadureceu (possivelmente, uma conseqüência da estabilidade da formação atual e do background musical de Vinnie Tyr e R. Lobato, que retornaram ao quarteto).
Mas não se pode esquecer de ressaltar que a alternância de andamentos está bem mais evidente que antes, sem cair nos clichês do estilo, em moldes pré-estabelecidos ou ser clone de alguém. Simplificando: vocais agressivos e variados, riffs de guitarra bem estruturados, solos ríspidos (mas sem perder a melodia), cozinha rítmica pesada e muito bem trabalhada. Destaques para ‘Seven Six Two’, que inicia o disco com um belo dedilhado de guitarra, para depois virar uma faixa veloz e agressiva, mas intensa e com vocais totalmente insanos; ‘Baptized in Blood’, que alterna os andamentos de forma bem harmoniosa; as intensas e pesadas ‘Flagellum’ e ‘Black Sun’; ‘Osmotic Haeresis’, onde os andamentos da música variam bastante; ‘My Fault’, uma música mais cadenciada, hipnótica, com excelentes guitarras, e nela fica perceptível ótimo trabalho baixo/bateria da banda; a peso-pesado ‘Eye for an Eye’; ‘Lord of all Battles’, em que a cozinha mostra estar muito afiada, pois se destaca bastante, assim como o faz em ‘Insurgency’, sendo que esta também possui um solo de guitarra muito bom; e ‘Extreminata’, uma instrumental bem feita e com belos  violões, em que pese que parte do dedilhado é o mesmo que inicia o CD.


Um disco, antes de tudo, honesto e feito com vontade de ferro, e que é indicado não só aos fãs da banda ou de Death/Black Metal, mas aos fãs de Metal Extremo em geral, pois é um dos melhores plays do ano, sem sombra de dúvidas.
Se alguém questionar as palavras deste que vos escreve, apenas lhes digo: ouçam com calma, e entenderão o que digo...






Fonte: Whiplash.net.

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