segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

A VOLTA DO VINIL: Gravadora brasileira lança essa semana quatro titulos.

QUEM DIRIA, O VELHO VINIL ESTÁ DE VOLTA AO MERCADO BRASILEIRO.
Depois de fechar as portas em 2007, e deixar os saudosistas de plantão orfãos, o velho vinil parece voltar das cinzas com força total, a boa noticia vem acompanhada de quatro relançamentos nacionais nesta semana, são eles: O Pop\Rock de vanguarda mineira da cantora Fernanda Takai com "Onde brilham os olhos seus"; Os roqueiros do mangue pernambucano Nação Zumbi com "Fome de tudo"; Os roqueiros gaúchos Cachorro Grande com "Cinema" e finalmente por enquanto a roqueira baiana Pitty com "Chiaroscuro". A diversificação destes primeiros quatros lançamentos em Vinil soa no minimo curioso, já que, embora a gravadora Deckdisc se citue em um dos estados que podemos chamar de berço cultural e artistico nacional, o Rio, nenhum dos quatro lançamentos em vinil iniciais estejam ligados ao eixo Rio\São Paulo, ou seja, pelo menos em termos de diversificação cultural demográfica não existe centralização.

"ZUMBIS" DE ETILENO
No final da década de 80, com o surgimento em massa do CD, os vinis foram perdendo espaço rapidamente, para o que seria o boom da década de 90, a popularização do Compact Disc, que em seguida exigiu das gravadoras inumeros relançamentos, já que o CD em seu conteúdo era totalmente digital, deixando a qualidade sonora mais supostamente limpa, entretanto, o vinil vinha de uma época analógica, no entanto os audiófilos que não aceitavam uma mudança, digamos, tão radical a sonoridade contida no disquinho digital, relutaram até hoje pelo não fim dos "Bolachões", e parece que essa perceverança vem surtindo os efeitos desejados, só nos Estados Unidos ano passado, a vendas de vinis contabizaram 2,5 milhões de bolachôes vendidos, na Europa o numero de lançamentos de vinis acompanhados por outras midias vigentes, bateram todas as espectativas ano passado, o interesse é tão intenso e comercialmente viável que tempos atrás só as grandes bandas de rock tinham o previlégio de lançar o Vinil, como forma de agradar a um pequeno e seleto grupo de fãs fiés ao formato analógico, atualmente esse previlégio vem sendo ampliado para praticamente todas as bandas que se dispunha a lançar em formato vinil. Agora com o resurgimento de fato do velho vinil pela independente gravadora Deckdisc, nas mãos do empresário João Augusto, que precisou de um ano para fazer torna-se realidade a volta do "bolachão". E pelo últimos acontecimentos, tudo indica que vem renascido das cinzas e a todo vapor, o que parecia enterrado para sempre.

Texto: Boterock\Fotos: Camila Maia (O Globo).

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