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O Black Dahlia Murder, a princípio, é uma banda de Metal extremo. Mas definir o som que eles fazem não é tão simples assim e, para não inventarmos rótulos mais malucos que os já existentes, basta dizer que, além do peso, existe certa melodia e influências de Metal tradicional no som.

“Ritual” é o quinto trabalho dos americanos e contou, novamente, com a boa produção de Mark Lewis. Este é um elemento importante pois, nesse tipo de proposta, uma boa mixagem e masterização são fundamentais para que tudo não vire uma indefinida massa sonora.

A sonoridade aqui é agressiva, mas inteligente. É verdade que os vocais se dividem entre o gutural grave e aquele agudo mais rasgado, assim como a bateria muitas vezes parece uma britadeira desenfreada. Mesmo assim, o Black Dahlia Murder consegue a proeza de não soar caricato. Melhor, eles conseguem não entediar o ouvinte e até demonstrar boa dose de criatividade.

O segredo está em equilibrar, de forma talentosa, os elementos acima mencionados com linhas de guitarra dobradas e harmoniosas, solos bem construídos e passagens quebradas. Técnica e violência.

Muita gente ainda torce o nariz para o Black Dahlia Murder simplesmente porque o visual e a atitude dos integrantes não são exatamente o que poderia se esperar de uma banda que faz um som desse tipo. Mas isso é irrelevante.

“Ritual” é um álbum coeso, com muitas nuances dentro do universo do Death Metal melódico e que coloca o grupo entre os principais não só dessa vertente, mas de todo o gênero. Músicas como “Carbonized in Cruciform”, “Malenchantments Of The Necrosphere” e “The Grave Robber’s Work” estão aí para provar isso.
Faixas:
01. A Shrine To Madness
02. Moonlight Equilibrium
03. On Stirring Seas Of Salted Blood
04. Conspiring With The Damned
05. The Window
06. Carbonized In Cruciform
07. Den Of The Picquerist
08. Malenchanments Of The Necrosphere
09. The Grave Robber's Work
10. The Raven
11. Great Burning Nullifier
12. Blood In The Ink

Kruk – It Will Not Come Back

Fãs de Deep Purple, Rainbow, Uriah Heep e Whitesnake regozijai-vos! Eis uma banda maravilhosa para quem curte as bandas que eu citei. Cada momento desse play é para ser ouvido com carinho e com muita atenção, pois é perfeito, guitarras tocadas com uma precisão e um feeling dignos de um Richie Blackmore, teclados magníficos, Jon Lord é sem dúvida um dos, senão o mais influente músico desse planeta no instrumento, maravilhoso, sem exageros. Cada canção emoldurada por uma voz soberba, algo entre um Klaus Meine e um Bob Catley. Realmente esses poloneses me surpreenderam, destaques para a linda balada Forever com seus sete minutos de pura emoção, Here On Earth nos faz viajar no tempo, uma forte pagada bem no estilo do velho Uriah Heep. Now When You Cry abre o disco numa mistura do Whitesnake do final da década de 70 e o Purple. Sinceramente vou parar os destaques por aqui, pois teria que citar todas as canções e como se não bastasse, os caras fecham um disco com belíssimo cover, imagine Simple The Best da Tina Turner com a cara do Rainbow, pois é, aqui aconteceu meus caros! Simplesmente um dos melhores álbuns do ano.   

Kruk - It Will Not Come Back - album trailer.

Electric Mary – Log Time Coming

Para quem gosta de um hard rock curto e grosso, o Electric Mary vai cair como uma luva. Os caras tem uma pegada bem rock and roll em sua música, Alice Cooper, Led Zeppelin, Motley Crue e até mesmo Guns n’ Roses ecoam como influências dessa banda de Nova York. Destaque para zeppeliana Stained, hard rock clássico com um riff de guitarra pegajoso e uma levada contagiante, sem contar os vocais muito bem encaixados. So Cruel tem uma introdução muito legal, alternado guitarra e vocal numa melodia contagiante para na seqüência entrar uma rifferama de primeira qualidade. All Eyes On Me é uma paulada contagiante e com uma linha de bateria maravilhosa, muito boa essa canção. Aí está uma banda para quem curte um hard rock clássico sem firulas. Recomendado!

Resenhas:

Kruk e Eletric Mary - D. Fernando: Hard Forever.

Black Dahlia Murder - Rafael Sartori: Redação TDM.