LIGERSIA PERUANA
Texto de Bento Araújo.Essa banda lançou dois álbuns e um compacto em 1971 e se tornou atualmente uma das mais respeitadas da cena psicodélica latina, principalmente por ter duas de suas canções incluídas na genial compilação Love, Peace and Poetry: Latin American Psychedelic Music.
O grupo começou tocando em escolas, igrejas e clubes das principais cidades peruanas sob o nome de The New Juggler Sound e até chegaram a lançar alguns compactos e um EP com esse nome inclusive.
Laghonia - Etcétera (1971). |
Já como Laghonia, e cantando em inglês, lançaram seu primeiro disco, com o nome de Glue, contendo sons como “Bahia,” “Trouble Child,” “My Love” e “The Sand Man;” sempre caprichando nas harmonias vocais e no clima mais soft, até mesmo “californiano.” Influências de Love, Santana e Beatles são captadas durante a estreia.
No mesmo ano (1971) sai Etcetera, uma pequena obra-prima dos anos 70, com clima único, mais melódico, harmonioso e também percussivo. “I’m a Nigger” tem cunho social e tem um excelente trabalho de guitarra fuzz, wah wah e órgão, além de uma harmonia vocal cativante. Clássico instantâneo. “Someday” abre o disco de forma altamente climática, com órgão e frases cadenciadas de guitarra e groove bacana de bateria. “Mary Ann” é bem lenta, tensa e viajante; já “It’s Marvelous” encerra o álbum num clima de sonho, até meio soul psicodélico. Deslumbrante mesmo…
No mesmo ano (1971) sai Etcetera, uma pequena obra-prima dos anos 70, com clima único, mais melódico, harmonioso e também percussivo. “I’m a Nigger” tem cunho social e tem um excelente trabalho de guitarra fuzz, wah wah e órgão, além de uma harmonia vocal cativante. Clássico instantâneo. “Someday” abre o disco de forma altamente climática, com órgão e frases cadenciadas de guitarra e groove bacana de bateria. “Mary Ann” é bem lenta, tensa e viajante; já “It’s Marvelous” encerra o álbum num clima de sonho, até meio soul psicodélico. Deslumbrante mesmo…
Laghonia - Glue (1969). |
Digna de nota também é a produção do álbum, com cuidado especial na escolha dos timbres, como fica nítido nas guitarras de Davey Levene e Saul Cornejo, que arrasam em “Everybody On Monday” e “Speed Fever.” Quem também brilha é o tecladista Carlos “Barranquino” Salom, detonando em sons como “Lonely People” e nas “camas” do decorrer de todo o álbum. Etcetera não tem nada de “quebradeira” e muita distorção, aqui o que conta são as melodias, as harmonias vocais e o clima mais relaxado e viajante, algo como um CSN&Y dos trópicos. Como se o conteúdo musical não bastasse, a capa também é estonteante, uma pintura altamente lisérgica do baterista Manuel Cornejo, baseada numa viagem de LSD de seu irmão e guitarrista do Laghonia, Saul Cornejo.
LAGHONIA - Psicodélia latina. |
Etcetera foi relançado em LP pelo selo World In Sound, contendo um pôster e um EP com quatro faixas extras, sendo duas delas inéditas, como a pesada “World Full Of Nuts” e a Heepiana “We Fall,” lançadas como compacto no Perú também em 1971. Logo após o lançamento desse disquinho o grupo novamente mudou de nome: We All Together.
O selo Recycled lançou, em 2004, um CD (Unglued) contendo ensaios e faixas inéditas da banda, como “Chocolate Houses” e “Confusion In The Street.”
Fonte: Poeira Blog\Fotos: Web.
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