Victoria: aprendeu inglês e faz aulas de guitarra por causa dos ídolos (Foto: Foto: Arquivo pessoal)
O amor por "super-Gene & cia" já foi transferido para o caçula da família, Matheus, de 8. "Estou com o coração partido de não poder levá-los ao show", lamenta a mãe dos meninos, a universitária Denise Correa Rocha. "Acho um absurdo destruir o sonho de uma criança desse jeito". A organização dos shows - que acontecem na terça (7), na Arena Anhembi, em São Paulo, e na quarta (8), na Apoteose, no Rio - permite apenas a entrada de crianças com 12 e 13 anos acompanhadas pelos pais ou responsáveis, e maiores de 14 anos, desacompanhados. "Por que um menino de 12 anos pode entrar com os pais e um de 10 não pode?", questiona o pai de Victor e Matheus, o professor Luciano Carvalho. "Escrevi uma carta no site oficial do Kiss relantando esse absurdo".
Matheus e Victor em frente ao palco da Apoteose, onde são proibidos de estar na noite do show do Kiss (Foto: Alexandre Durão/G1)
Fãs com menos de 10 anos lamentam não ter idade para ver os ídolos. Influenciados por pais e Guitar Hero, crianças têm brinquedos do grupo.
Eles têm menos de 10 anos - exatamente o tempo que o Kiss não lança um álbum de inéditas. Mas isso não impediu que a banda americana, com shows marcados no Brasil esta semana, roubasse no coração da criançada o lugar que teoricamente deveria ser ocupado pela bochechuda Hannah Montana ou pelos comportadinhos Jonas Brothers.
A maquiagem exagerada e o gesto malcriado de mostrar a língua, aliado a influência dos pais e a trilha do game musical Guitar Hero são alguns dos fatores responsáveis pela formação da geração "Kiss kids". O termo, aliás, serve para identificar a seção dedicada aos pequenos fãs no site oficial do grupo. "O show do Kiss parece uma festa! Como se fosse um circo com palhaços, fogos de artifício, malabaristas...", compara o carioca Victor Rocha Carvalho, de 10 anos. O garoto se tornou um "Kiss kid" por influência do pai, que lhe mostrou vários DVDs com performances da banda. Victor cita entre as músicas favoritas "Rock and roll all nite" e "Room service" - ambas do disco "Dressed to kill", lançado em 1975. "Coleciono camisetas, bandanas, munhequeiras, bonequinhos... Até botas do Kiss eu tenho!", diz o garoto. "Meus amigos gostam de fantasia de super-herói. Eu prefiro me fantasiar de Gene Simmons".
O amor por "super-Gene & cia" já foi transferido para o caçula da família, Matheus, de 8. "Estou com o coração partido de não poder levá-los ao show", lamenta a mãe dos meninos, a universitária Denise Correa Rocha. "Acho um absurdo destruir o sonho de uma criança desse jeito". A organização dos shows - que acontecem na terça (7), na Arena Anhembi, em São Paulo, e na quarta (8), na Apoteose, no Rio - permite apenas a entrada de crianças com 12 e 13 anos acompanhadas pelos pais ou responsáveis, e maiores de 14 anos, desacompanhados. "Por que um menino de 12 anos pode entrar com os pais e um de 10 não pode?", questiona o pai de Victor e Matheus, o professor Luciano Carvalho. "Escrevi uma carta no site oficial do Kiss relantando esse absurdo".
O mesmo tipo de reclamação faz a advogada carioca Patrícia Nascif Elhader, mãe de Victoria, de 10. "O Kiss é uma ótima influência na vida da minha filha. Ela aprendeu inglês traduzindo as músicas e se interessou em fazer aulas de guitarra só por causa da banda", diz. "Tenho autorização do Juizado de Menores, vou levá-la sim ao show. E na área VIP!", promete a mãezona.
Inglês e guitarra
"Faço aniversário este mês. Não tem presente que eu mais quero do que ir ao show", revela Victória. "Sou fã do Kiss por causa do meu pai e fanática por causa do Guitar Hero. Em 'Rock and roll all nite' sou fera, venço todo mundo!", brinca, espirituosa. Outro pai de "Kiss kid", é o paulista Marcelo Antonio Peixoto. Coordenador de almoxarifado, ele já teve uma banda cover que fazia pequenas apresentações com playback dos hits do Kiss. O suficiente para conquistar o coração da filha, Vitória, de 7. "Ela gosta de Hannah Montana, High School Musical e todas essas coisas que a criançada curte", diz Marcelo. "Mas desconfio que é só para não ficar de fora com o papo da turminha. Os olhos dela brilham mesmo é pelo Kiss", suspeita o pai-fã.
Fonte: Dolores Orosco Do G1, em São Paulo.
Um comentário:
Realmente, deve-se dar uma atenção especial a casos como estes, concordo com a entrada de crianças apartir de 10 anos acompanhadas de pais ou responsáveis desde que os pais tomem os devidos cuidados.
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