segunda-feira, 29 de abril de 2013

YES: “Spring Tour 2013” passa pelo Brasil em Maio.

 
Um dos maiores nomes do rock progressivo nos anos 1970, a banda inglesa Yes desembarca em Brasília no próximo dia 19 de maio, para uma apresentação no ginásio Nilson Nelson. O destaque do espetáculo, previsto para as 22h, é a reprodução na íntegra de três dos principais álbuns lançados pela banda, “The Yes Album”, lançado em 1971, “Close to the Edge”, de 1972, e “Going for the One”, de 1977.
A formação atual tem o baixista Chris Squire, o guitarrista Steve Howe, o baterista Alan White, o tecladista Geoff Downes e o vocalista Jon Davison. O show de Brasília é o primeiro da turnê “Spring Tour 2013” no Brasil. A banda inglesa se apresenta ainda em São Paulo, nos dias 23 e 24 de maio, no Rio de Janeiro, no dia 25, e em Porto Alegre, no dia 26.
Os ingressos variam de R$ 60 a R$ 200 e podem ser adquiridos na Central de Ingressos e na Free Corner, no Brasília Shopping e na loja FNAC do Parkshopping.
Na estrada há 45 anos, a banda já lançou 38 álbuns. Formado pelo ex-vocalista Jon Anderson e pelo baixista Chris Squire, o Yes se tornou um dos maiores nomes do gênero ao lado de Pink Floyd, Emerson, Lake & Palmer, Genesis e Jethro Tull, misturando a energia e o ritmo do rock com música clássica e jazz.
A banda se apresentou pela primeira vez no Brasil no lendário Rock in Rio 1, em 1985. Na época, a banda formada por Anderson, Squire, White, o tecladista Tony Kaye e o guitarrista Trevor Rabin, fazia um som mais pop, com canções mais curtas e melodias mais simples. É desse período o maior sucesso comercial do grupo, a música “Owner of a Lonely Heart”.
A formação considerada clássica pelos fãs da banda atuou junta entre 1972 e 1978 e reunia Anderson, Squire, Steve Howe, Alan White e o tecladista Rick Wakeman. 

domingo, 7 de abril de 2013

COVERDALE-PAGE: A história por trás de um clássico esquecido.



Por Marcelo Moreira.


No auge da fama do Whitesnake, entre 1987 e 1990, David Coverdale concedeu uma entrevista a uma revista inglesa onde desdenhava de algumas músicas do Led Zeppelin e sobre supostas acusações que estava recebendo por ter plagiado ou ao menos ter copiado trechos de outras músicas em suas composições.
“Isso é bastante questionável. Se formos levar a fundo mesmo, então mudaremos a história e o Led Zeppelin terá de pagar um dinheirão para Willie Dixon (bluesman norte-americano). Ele é o ‘verdadeiro’ autor do primeiro LP do Led”, disse Coverdale.
A falta de jeito e de educação espantou quem o conhecia. Afinal, desde os tempos de Deep Purple que ele havia deixado o estilo polêmico para lá. Um jornalista brasileiro tentou lembrá-lo anos atrás sobre a declaração durante uma entrevista por telefone, mas o cantor inglês desconversou e afirmou não se lembrar daquelas palavras.
O curioso é que, para se defender à época, acabou atacando Jimmy Page, o principal compositor do Led Zeppelin. Pouco tempo depois, Coverdale pareceu não se importar em trabalhar com um “plagiador”. Mais do que isso, afirmou na época do lançamento do álbum “Coverdale-Page” que aquele era um dos melhores trabalhos que tinha produzido e que o ex-guitarrista do Led Zeppelin era um gênio.
O subestimado álbum que reuniu os dois grandes astros ingleses foi lançado em março de 1993, com resultados apenas razoáveis na Inglaterra e nos Estados Unidos em termos de vendas. Foi mais uma obra de grande porte e de excelente qualidade ofuscada pela moda passageira chamada grunge, que legou apenas Pearl Jam e Soundgarden  como atrações de alguma relevância artística.
O projeto que reuniu os dois era secreto em meados de 1991. Foi de ideia do estafe de Page convidar Coverdale para um projeto de hard rock, só que mais pesado, já que Robert Plant recusara nova proposta de reativar o Led Zeppelin. Coverdale ficou entusiasmado e aceitou conversar e tomar umas cervejas com Page e seu empresário para ver se rolava algo.
Dois depois, estavam na casa do guitarrista para algumas jams no estúdio caseiro do local; um mês depois, estavam assinados os contratos para que o Coverdale-Page, nome escolhido para o projeto.
E tudo foi feito em segredo, que conseguiu ser mantido até o começo de 1993, quando ninguém conseguia entender o porquê de o vocalista ter desfeito o Whitesnake após a turnê de estrondoso sucesso de 1990.
“Coverdale - Page”, álbum homônimo lançado no meio de 1993, é uma obra-prima do hard rock, mesclando a veia mais popular de Coverdale e o peso das guitarras zeppelinianas de Page.
O vocalista foi criticado à época por exagerar nos agudos em algumas músicas, o que foi encarado como uma tentativa de emular as performances de Robert Plant nos tempos áureos do Led, na década de 70.
É fato que Coverdale forçou um pouco, mas nada que tire o brilho de músicas fantásticas como “Absolution Blues”, “Shake My Tree”, “Take Me For a Little While”, “Whisper a Prayer for the Dying”, “Pride and Joy” e “Over Now”.
O entrosamento entre os dois músicos foi total, desde as jams na casa de Page até as jams realizadas no Japão como aquecimento para a turnê. O problema é que tudo estava indo bem demais, todo mundo estava feliz demais, e isso é um perigo em se tratando de Jimmy Page.
Há quem diga que o guitarrista é notório por ser perseguido pelo azar ou por “maus fluidos”. Seja como for, o que deu muito certo nos bastidores e nos ensaios ficou esquisito nos palcos.
As primeiras performances no Japão foram ótimas, mas depois a coisa começou a complicar. Os empresários de Page começaram a se incomodar com as performances bombásticas de Coverdale, além das vendas decepcionantes, apesar de boas, do CD. Eles achavam que choveriam convites para turnês pela Europa e Estados Unidos, mas isso não ocorreu.
 
 
Fonte: Combate Rock.