sábado, 30 de abril de 2011

BON JOVI: Alcoolismo impede guitarrista prosseguir em turnê.

Banda Bon Jovi continuará em turnê mesmo sem guitarrista.
Richie Sambora foi internado em clínica para tratar alcoolismo.
'Nosso apoio a Richie é absoluto', diz comunicado assinado pela banda.
O Bon Jovi publicou uma nota em seu site oficial comunicando que a banda vai prosseguir com a turnê "The Circle Tour 2011"  mesmo sem o guitarrista Richie Sambora.
Richie Sambora.
O músico foi internado numa clínica de reabilitação contra o alcoolismo nesta semana.
"O nosso apoio a Richie é absoluto. Ele é, e continuará a ser, membro do Bon Jovi. Apesar de sua ausência temporária nos próximos shows, estamos muito ansiosos por seu retorno saudável. Enquanto isso, vamos manter nosso compromisso com nossos fãs e continuar a turnê", diz a nota assinada pela banda.
Esta não foi a primeira vez que o guitarrista teve que ser internado por problemas com a bebida. Sambora já havia passado outras duas pequenas temporadas na clínica Cirque Lodge, em Utah, nos Estados Unidos.
Em outubro do ano passado, a banda desembarcou completa no Brasil. Na ocasião, o grupo fez shows no Estádio do Morumbi, em São Paulo, e na Praça da Apoteose, no Rio de Janeiro.


Fonte: G1\Fotos: Web.

VIRADA CULTURAL: São Paulo-SP, 16 e 17 de Abril de 2011 - Fotos.

A Virada Cultural de São Paulo é com todas as palavras uma festa "Rock `N´ Roll", com uma infinidade de atrações espalhadas pelo Centro da cidade, que vai do Velho Rock aos outros estilos musicas, com seus diversos seguimentos. Nesta Sétima edição o Boteko esteve presente, e como não podia deixar de ser, registrou alguns momentos da grande festa, que tem duração de 24 horas e trás aquela sensação de que a pauliceia não pode parar.
Na sequência fotografica abaixo, temos: o inglês Ritchie e Marina Lima, légitimos representantes do Pop Rock brasileiro oitentista, a desconhecida Seminovos agitando a galera, o palco Beatles, a banda Taverna Folk se preparando para tocar, minha querida esposa, Punks, figuras folclóricas e anônimas cansadas ou não, participando do grande agito que se transforma São Paulo na Virada.  






















Texto e Fotos: Boteko do Rock.

DREAM THEATER: Depois de se arrastar por seis meses a procura por um novo baterista, finalmente foi escolhido o substituto de Portnoy.


Mike Mangini é o novo baterista do Dream Theater.
Ele substitui Mike Portnoy, que deixou a banda em setembro de 2010.
Testes tiveram a participação do brasileiro Aquiles 'Polvo' Priester.
Mangini, o selecionado.
Mike Mangini, que já trabalhou com as bandas Annihilator, Extreme e com os guitarristas James Labrie e Steve Vai, foi anunciado nesta sexta-feira (29) como o novo baterista do grupo de metal progressivo Dream Theater.
Mangini substitituirá um dos  co-fundadores do DT Mike Portnoy que, após 25 anos, deixou a banda em setembro de 2010. Portnoy é também considerado um dos melhores bateristas do mundo da atualidade. 
"O dia que eu recebi o telefonema, levou um minuto para que meu cérebro percebesse o que estava acontecendo, e quando isso aconteceu, o sentimento era de apenas um tremendo alívio. Significa tanto pra mim que me deu vontade de chorar algumas vezes. Eu não sabia o que fazer. Me sinto honrado por carregar a tocha de Portnoy", declarou o músico ao site "Blabbermouth".
O "Polvo" como é conhecido Aquiles, em sua audição na cidade de Nova York-EUA
com a banda Dream Theater.                                                                 Foto: YouTube.  
Para o tecladista Jordan Rudess, a decisão foi difícil: "Você não pode simplesmente dizer 'Ok, é ele' e descartar os outros músicos, porque eles são igualmente incríveis. O que vale sobre Mike Mangini é que ele toca com muita intensidade, direção e poder".
O novo integrante foi escolhido após dias de audição promovidos pelos demais membros do Dream Theater em Nova York. O processo seltivo incluiu outros seis bateristas, incluindo o brasileiro Aquiles Priester (ex-Angra e atual Hangar). Veja o vídeo com o teste do brasileiro.


Fonte: G1\YouTube

quarta-feira, 27 de abril de 2011

PAUL McCARTNEY: Ex-Beatle relançará álbuns solos.

Depois de Band on the Run, do Wings, Paul McCartney anunciou dois novos relançamentos: McCartney, de 1970, e McCartney II, de 1980.
Ambos da primeira década de sua extensa carreira solo.
De acordo com nota do site do semanário britânico NME, o relançamento de McCartney contará com sete faixas bônus. Haverá também uma edição de luxo que trará um DVD com imagens raras e nunca lançadas, junto a um livro com fotos tiradas pelo músico e por sua ex-mulher Linda McCartney. O relançamento de McCartney II trará oito faixas bônus, incluindo lados B e versões alternativas. A edição de luxo com quatro CDs também virá acompanhada de um DVD, junto a um livro com fotos de Linda.
Os materiais chegarão às lojas no exterior em 14 de junho. O processo de remasterização foi supervisionado pelo músico e realizado, nos estúdios de Abbey Road, pela mesma equipe que trabalhou no relançamento dos álbuns dos Beatles recentemente.
 
Fonte: Revista Rolling Stone.

terça-feira, 26 de abril de 2011

U2: 360º Tour - São Paulo, 13 de Abril de 2011.

Depois de ler dezenas de resenhas, deixo aqui minha visão pessoal do show do U2 em sua última apresentação do dia 13 de abril último. Depois de assistir o show do Iron Maiden uma semana antes em Recife, com um público aproximado de 16 mil, e chegar ao arredores do Estádio do Morumbi, vi que não é nada fácil aglomerar 90 mil pessoas seja lá onde for, é uma verdadeira operação de "guerra" até mesmo o pessoal do suporte que estavam ali para informar não tinham as informações suficientes (embora o local estava bem sinalizado) depois procurar e encontrar a longa fila que se formou em torno do estádio para o acesso ao portão 2, as coisas foram se tornando mais fáceis. Depois das 15:35hs, os portões foram abertos e a longa fila andou rápido, e logo na entrada fiquei sabendo que todos estavam impedidos de entrar com qualquer tipo de bebida, e logo deu para perceber que  o desperdicio foi grande, principalmente de agua, antes da revista feita pela policia, eramos obrigados a largar qualquer liquido, garrafas (cheias) de todos os tipos se aglomeravam na rampa de entrada (viva o capitalismo).

Pink Floyd

Na rampa já dentro do estádio era impossivél não admirar toda a exuberancia da "Garra" montada quase na meio do campo do São Paulo Futebol Clube, depois de algumas fotos de praxe, e estar vendo ao vivo toda aquela parafernália, me veio uma dúvida, "será mesmo que é um show do U2, ou será um show do Pink Floyd?". É, foi essa sensação repentina que me veio, embora nunca tenha assistido um show da banda ao vivo, exceto por videos, pensei como seria ao invés do U2 com toda sua tecnologia, fosse estar ali David Gilmour, Roger Waters, Nick Manson e o já falecido Richard Wright, ali embaixo daquele estubendo palco. Com certeza seria deslumbrante também, já que os efeitos dos shows do U2 são dignos Pinkflodianos.
Mas a "alucinação" repentina se foi, a tarde foi caindo, e o sol que iluminava a belissima tarde foi indo, era indicios que a banda de abertura logo subiria ao palco.  A ansiedade tomava conta de todos, por mais que quisessemos ver Bono e Cia..também ficava o frenesi para ver todo aquele palco com seu telão grandioso em ação.
A banda MUSE deu seu recado com um show preciso e impolgante, escalados para abrir os shows para o U2 na turnê 360º, a banda que já tem 10 anos de estrada e já esteve no Brasil para um show próprio, faz muito sucesso na Europa e Estados Unidos, sendo considerados como a nova revelação do rock inglês, embora já tenham cinco discos de estúdio e um ao vivo lançados, o Muse se destacou no álbum "Black Holes and Revelations" de 2004, tornando-se os queridinhos de músicos como James Labrie (vocalista do Dream Theater) e do próprio U2.   
Depois da explosiva apresentação da banda Muse, e quase uma hora de espera, acompanhado por um imenso relógio no telão (que não marcava o horário real)  o último show da turnê 360º em São Paulo começou às 21h43 com "Even better than the real thing", do álbum "Achtung baby", de 1991, seguida por "I will follow", de "Boy", disco de estreia da banda, de 1980 - quando a banda ainda sofria nitidas influências da era Punk Rock. Na sequência de um intervalo entre uma música e outra em diversos momentos da noite, Bono tentou conversar em português com os fãs. Na primeira, por volta das 22h15, misturou a língua com o espanhol para saudar o público: "Todo bien? São Paulo não pode parar!", brincou, aproveitando para agradecer a companhia da banda de abertura Muse na etapa sul-americana da turnê.Bono também não economizou nos elogios aos brasileiros: "No Brasil, e na América do Sul, somos nós é que vimos aqui para escutar e ver vocês. Geralmente nós cantamos para o público. Mas, aqui, são vocês que cantam para gente. Geralmente nós fazemos um show para o público. Mas, aqui, são vocês que fazem um show para a gente." A retribuição veio logo na sequência, quando a banda emendou a faixa "I still haven't found what I'm looking for", que foi cantada em coro pelos fãs. 
Dez minutos mais tarde, o cantor irlandês chamou ao palco Seu Jorge - novamente enrolando a língua e se referindo ao músico carioca como "São Jorge". A dupla fez um dueto de voz e violão da música "The model", da banda alemã Kraftwerk. Diga-se de passagem, que dos 90 mil ali presentes, poucos entenderam alguma coisa, foi o tipo de supresa que só deixou perguntas - O que Seu Jorge fazia ali? ainda por cima cantando uma música dos pais da música eletrônica, os alemães do Kraftwerk?!  - Banda nascida nos primórdios dos anos 70, que tem em sua sonoridade elementos puramente sintetizados.

ONE 

 Os   shows    do   U2   desde   o mega    sucesso   do  quinto   álbum      "The    Joshua Tree"  levou a   banda     a incorporar  uma sonoridade própria,  dentro dos limites das estruturas estritas das músicas. O álbum é influenciado pela música americana e a sonoridade estética musicalmente incorporada  irlandesa,  também retrata o relacionamento da banda de amor e ódio com os Estados Unidos, com letras socialmente e políticamente conscientes embelezadas com imagens espirituais. O álbum também serviu para dar forma ao estilo único musicalmente criado pela banda, que até hoje serve como referência para designar toda uma geração da decada de 80. 
Toda essa enfâse dada ao U2 as suas composições, levou a banda para patamar que mistura momentos de protestos ou simplesmente  temas amorosos, em um caldeirão de pura emoção, levando até mesmo o mais frio dos fãs  presente a se emocionar, como na politicamente correta mensagem do Bispo Sul-Africano Desmond Tutu, que corre os quatros cantos do mundo exibida em uma tradução simultânea antes da banda cantar a música "One" - E diz assim:  "As mesmas pessoas que marcharam pelos direitos civis nos Estados Unidos são as mesmas pessoas que protestaram contra o apartheid na África do Sul, que são as mesmas pessoas que trabalharam para a paz na Irlanda, e são as mesmas pessoas que lutaram contra a escravidão por dívida no 'Jubileu' do ano 2000 , que são as mesmas pessoas bonitas que eu vejo quando olho em volta deste lugar hoje à noite em 360 graus. Nós somos aqueles povos. NÓS somos a mesma pessoa. Porque nossas vozes foram ouvidas por milhões de nossos irmãos e irmãs que estão vivos graças ao milagre dos remédios da AIDS e remédios contra a malária. Ahhhh! Eles serão os médicos, eles serão os enfermeiros, eles serão os cientistas que vão viver para resolver grandes problemas. Sim, há muitos obstáculos. Claro, sempre há bloqueios de estradas no caminho da justiça. Mas Deus vai colocar um vento na nossa volta e uma estrada que vai em frente, se trabalharmos com os outros como UM ... UM!".
O repertório do show teve ainda as faixas "In the name of love", "Beautiful day", "One", "Vertigo" e "Zooropa" - esta última já havia aparecido no domingo (10) e nunca tinha sido tocada na íntegra pela banda ao vivo, deixando a pláteia em extâse com o telão mostrando todo seu potencial, se expandido até o chão do palco, deixando os músicos encobertos pelas as luzes de led da engenhoca que custa a pagatela de 35 milhôes de Dolares. "Get on your boots" também apareceu, dedicada ao jogador Ronaldo. Na música dedicada a ativista  birmanesa Aung San Suu Kyi "Walk on" um momento de reflexão quando vários Paulistanos entram pelas passarelas laterais do palco segurando lenternas envolto em um cúpula de plástico, um momento simbolico e emocionante. Rumo ao final do show, antes de "Where the streets have no name", Bono tornou a arriscar-se no português, citando frase usada na propaganda do governo Lula - "Sou brasileiro e não desisto nunca". Logo em seguida, deu "boa noite, Brasil, adios, South America", e agradeceu ao governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, "por ceder o estádio" e "nos ajudar a trazer nosso sonho a vocês".
Ao final do espetáculo, de mais de duas horas, o vocalista Bono voltou a lembrar as crianças mortas no massacre da escola de Realengo, na semana passada. A homenagem, que já havia sido feita no primeiro show da turnê brasileira, quando os nomes das vitimas surgiu no imenso telão ao cantar "Moment of surrender", de "No line on the horizon", disco de 2009 que deu origem à turnê atual.
A apresentação encerrou às 23h54 com a trinca “Hold me, thrill me, kiss me, kill me”, "With or without you" e "Moments of surrender".
Voltando ao inicio do texto, foi quando eu percebi a diferença entre 16 mil pessoas (no Iron Maiden em Recife) e 90 mil do U2, saindo todos de uma só vez na Avenida em frente ao Estádio do Morumbi, que  por cerca de 30 minutos formou-se um verdadeiro engarrafamento humano.  No geral foi um show perfeito, um dia maravilhoso de verdade.


Texto e Fotos: Almir Lopes.
Fontes Informativas: G1 e humanzoomusic.blogspot.com
  
    

quinta-feira, 21 de abril de 2011

BLACK COUNTRY COMUNION: Disco novo e turnê pelo Reino Unido com MSG.

O Michael Schenker Group será a banda de apoio na turnê do super grupo Black Country Comunion pelo Reino Unido durante o mês de julho de 2011.
O MSG estará divulgando seu CD/DVD/Blue Ray “The 30º Anniversary - Live In Tokyo” gravado em janeiro de 2010 durante a turnê de comemoração do aniversário de 30 anos da banda. Já o Black Country Comunion estará divulgando seu novo álbum, intitulado simplesmente de “2”, o mesmo será lançado no dia 13 de junho na Europa via Mascot Records e no dia 14 de junho os EUA via J & R Adventures. A banda Black Country Comunion como mostra  o cartaz ao lado, é formada por Derek Sherinian, ex-tecladista do Dream Theater, o veterano baixista e vocalista Glenn Hughes, a voz do Hard Rock por mais de  três gerações, o baterista Jason Bonham, filho  de  um "monstro" das baquetas, o cultuado baterista Jonh Bonham (falecido em 1980), leia-se Led Zeppelin, e o Guitarrista Joe Bonamassa, o menos conhecido do grande publico, porém não menos virtuoso e técnico que os demais membros desta excelente banda.   
 
Fonte: Hard Forever\Texto final Boterock.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

U2: 360º Tour chega a São Paulo e mostra porque é o maior espetáculo da terra.

Na estreia da turnê 360º do U2 em SP, Bono cita tragédia no Rio
Ao cantar 'Moment of surrender', vocalista falou de massacre em escola.
Banda irlandesa tocou por duas horas no Morumbi neste sábado (9) e domingo (10), próximo e último show em São paulo será na quarta (13).


Do G1, em São Paulo.

O clima era de “balada”, como adiantou Bono em engraçado português às 90 mil pessoas que compareceram ao Morumbi na noite deste sábado (9) para o primeiro dos três shows do U2 no Brasil. Mas, no final, a alegria deu lugar à tristeza: na última canção, “Moment of surrender”, o líder da banda de Dublin fez um discurso em homenagem às 12 crianças vítimas do massacre na Escola Municipal Tasso de Silveira, em Realengo, no Rio.
Liguem seus isqueiros, seus celulares, vamos homenagear essas crianças e suas famílias”, pediu o cantor, enquanto o nome da uma dúzia de vítimas aparecia no telão 360º. Um momento triste e bonito, que marcou a segunda parte (melancólica) do bis. O oposto da energia que o grupo levou ao palco a partir das 21h40.
Em exatas duas horas de apresentação, o grupo justificou porque a atual turnê é a mais lucrativa da história: com uma estrutura de palco jamais vista, o U2 cumpre o que é, de fato, “o maior espetáculo da Terra”.
Momento de redenção: No mega telão, os nomes das vitimas de Realengo. 

Momentos antes do show de sábado (9), banda fala para uma emissora de TV. Foto reprodução.
A cadeirante Renata, visão para todos.
A “garra” de quatro dedos que serve para sustentar as caixas de som e de luz é tão grande (50m) que pode ser vista fora do estádio. Já o telão que se contrai e expande proporciona uma experiência e conforto de ser ver um show em arena jamais visto.
É muito bacana você poder ver um show independente de onde estiver ou de seu tamanho”, afirmou a assistente administrativa Renata Luna,de 30 anos. Cadeirante, ela pode ver a apresentação em uma área reservada, ao lado do amigo Thiago Motta, 26, também cadeirante. “É sensacional, só digo isso”, resumiu ele, olhando para o alto.

Trem das 21h40.

Logo após o show do Muse, que terminou às 20h40, o Morumbi já estava lotado. Casais, muitos grupos de amigos e de excursões faziam pose em frente à “garra” assim que desciam da rampa em direção ao estádio. Quem era de fora da cidade não fazia questão de esconder a procedência, caso das uruguaias Natalia Pumar (35 anos), Gabriela Vartanian (34) e Cecília Camacho (40).
A banda Neo Prog MUSE, esquenta a platéia brasileira no Estádio do Morumbi em São Paulo. 

Crescemos com o U2, as músicas deles acompanharam nossas alegrias e tristezas. Principalmente nos namoros”, brincou Gabriela, enquanto exibia uma camiseta da seleção celeste. Ela, assim como o estádio, passou os 60 minutos de intervalo da apresentação sem tirar os olhos do telão, que exibia um relógio que fazia uma falsa contagem regressiva para o começo do espetáculo.
U2 no Estádio do Morumbi neste sábado (9), pirotecnia deslumbrante.
Às 21h30 o mesmo relógio começou a se desintegrar e o sistema de som da “garra” colocou “Trem das onze” (Adoniran Barbosa) para tocar. Minutos depois ecoou “Space oddity” (David Bowie), que serviu para o telão ligar de vez e trazer a ilustração de uma nave especial. Pelas janelas dele se espia o grupo chegando ao palco, um ritual voyeur que acontece desde a turnê Zoo TV (1992-1993).
Assim  como  nas  três  apresentações argentinas, o  U2 abriu com “Even better than the real thing”. A escolha não foi das melhores, visto que boa parte do público pulava mais pela empolgação de ver a banda ao vivo do que por gostar da música. Esses dois fatores se juntaram, porém, quando The Edge disparou o riff de “I will follow”.O som, até então abafado, só melhorou a partir de “Magnificent”.

Saiba mais

É preciso “Get on your boots” para ela se revelar. As pontes que ligam o palco à passarela circular se mexem e o guitarrista e o baixista caminham pelo público, uma forma de agradar quem está nas laterais e até mesmo atrás deles.
Estrutura do telão com um ângulo de 360º, privilegia o publico presente.
Aqui vale um parêntese: a “garra” e o telão foram teoricamente desenha-dos para que qualquer pessoa, de qualquer ponto do estádio, tenha uma visão privilegiada. Isso não é lá muito verdade... Quem pagou para ficar no setor amarelo, atrás do palco, poderá de fato ver o show, mas praticamente só pelo telão 360º e com os músicos de costas.
Geralmente nos shows do Morumbi esse setor é fechado por estar atrás de onde ficam tradicionalmente os palcos. Mas no caso do U2 ele foi aberto graças ao design da “garra”, que ainda serve para colocar 20% a mais de pagantes na arena (Paul McCartney encheu o Morumbi com 64 mil pessoas no ano passado, para efeito de comparação).

Dia de pizza, Pixinguinha e vaias à Dilma.

Se o palco deixa uma falsa impressão, o mesmo não se pode dizer do telão de 500 mil pixels. Faltam adjetivos para defini-lo. Se até “Magnificent” ele serviu apenas para exibir os integrantes do U2, ora em cores ora em preto e branco, em “Mysterious ways” ele mesclou o conteúdo ao vivo com imagens psicodélicas de uma dançarina.
U2 com a Presidente Dilma, no palacio da Alvorada em Brasilia, na última quinta (7).
Foto reprodução: Boteko do Rock.
Depois, antes de “I still havent’ found what I’m look for”, ele mostrou a tradução simultânea de algo que Bono inventou de improviso. “Hoje é dia de balada, de comer pizza e passear”, brincou o vocalista, ovacionado. “Sou pepperoni”, riu, comentando depois quais seriam os sabores de cada músico se eles fossem o prato. “Adam é mais exótico, seria pizza de banana. Edge está sempre atrás do obscuro, então seria uma pizza de jaca. Larry não teria nada de queijo nem tomate. Nós o chamaríamos de pizza boa pinta”, continuou.
Outras referências ao Brasil aconteceriam durante a noite. Antes de “Beautiful day”, Bono puxou uma garota da “red zone” e, juntos, leram um trecho de “Carinhoso” (Pixinguinha). O público veio abaixo.
Reação oposta aconteceu quando o vocalista citou seu encontro com a presidente Dilma Rousseff: as vaias engoliram os aplausos.
De volta ao telão, é após a balada politizada “Miss Sarajevo” que ele mostra o porquê de ser tão revolucionário. Terminada a canção, ele cresce de tamanho e “engole” a banda, agora dentro dele. Começa então “City of blinding lights”, cujos acordes inspiram uma sequência de cores hipnótica. Na parte do refrão, a antena gigante que fica sobre o meio do palco acende e holofotes são mirados para um único ponto do céu. Impossível não se arrepiar.
“Vertigo”, em seguida, transforma o telão em um imenso carrossel de imagens disparadas em looping. Um efeito visual tão impressionante quanto os globos de discoteca que iluminam o estádio durante “With or without you” - que traz Bono vestido com uma jaqueta de LEDs vermelhos, mesma cor do microfone suspenso que o faz rodopiar acima do público.

Passado, só o recente.

Por se tratar de um show do U2, o telão também serviu para mostrar mensagens politizadas, é claro. Elas fizeram referência aos conflitos atuais da Líbia e Egito (para introduzir “Sunday bloody sunday”) e à política birmanesa Aung San Suu Kyi.
Já o arcebispo Desmond Tutu, sul-africano que venceu o Nobel da Paz pela luta contra o apartheid, apareceu fazendo um discurso motivacional para introduzir “One”. O público se dispersou neste momento e pareceu se importar mais em beijar seus conjugues assim que viu no telão o nome da balada de “Achtung baby” (1991).
O repertório do primeiro show em São Paulo, de 23 canções, priorizou os trabalhos do U2 da década de 1990 até a primeira metade dos anos 2000. Ficaram de fora canções de 30, 25 anos atrás, como “New years day”, “Pride (in the name of love)”e “Bad”, executadas nos dois últimos concertos portenhos da semana passada - o último show teve 25 músicas tocadas, por sinal.
O set list da apresentação de sábado, por outro lado, foi igual à primeira de Buenos Aires. Fica então a torcida para que o mesmo cronograma se repita em São Paulo nos próximos shows.

Set list:

1 - “Even better than the real thing”
2 - “I will follow”
3 - “Get on your boots”
4 - “Magnificent”
5 - “Mysterious ways”
6 - “Elevation”
7 - “Until the end of the world”
8 - “I still haven't found what I'm looking for”
9 - “Stuck in a moment you can't get out of” (acústico)
10 - “Beautiful day”
11 - “In a little while”
12 - “Miss Sarajevo”
13 - “City of blinding lights”
14 - “Vertigo”
15 - “I'll go crazy if I don't go crazy tonight”
16 - “Sunday bloody Sunday”
17 - “Scarlet”
18 - “Walk on”
Bis 1:
19 - “One”
20 - “Where the streets have no name”
Bis 2:
21 - “Hold me, thrill me, kiss me, kill me”
22 - “With or without you”
23 - “Moment of surrender”