sábado, 31 de outubro de 2009

VIDA ROCK N´ ROLL

Em fotos, o cotidiano "insano" do presente e passado
de quem curte a cena Rock na capital Alagoana




Fotos: Arquivo Boterock e acervo particular.

LED ZEPPELIN: Livro aborda a história da banda com uma narrativa rica em detalhes - Parte 2

Biografia da banda estará nas lojas de todo o país até o fim desta semana e conta a trajetória do grupo. Assinada pelo britânico Mick Wall, a publicação revela detalhes das orgias sexuais com fãs e o envolvimento de Jimmy Page com o ocultismo

Muito já se ouviu falar do Led Zeppelin nos bastidores, mas a biografia assinada pelo britânico Mick Wall, esmiuça de forma categorica cada fato ocorrido durante as turnês da banda, os requintes de detalhes impressionam pela rica e verrosimel narrativa, nas suas mais de 500 páginas. Vejam algumas fotos que fazem parte do livro e leiam a segunda parte dos trechos, extraida do "Quando os gigantes caminhavam sobre a terra".

Canhões! - capítulo 6

Depois de incitar o cão a fazer cunilíngua na garota colocando pedaços de bacon frito na vagina dela, Cole pôs Bonham, completamente bêbado, no lugar do cachorro. Cole depois diria ao escritor Stephen Davies: “Então, Bonzo estava lá transando com a mulher, e juro que ele me perguntou: ‘E aí, como estou?’ Eu disse que ele estava ótimo. Daí Grant entrou com uma lata enorme de baked beans e despejou-a em cima de Bonzo e da garota. Depois abriu uma garrafa de champanhe e despejou-a sobre os dois”. Essas diversões barulhentas são típicas de músicos de rock entediados com a estrada e longe de casa. Enquanto um Bonzo nu era coberto por feijão frio, Jimmy Page estava em seu quarto sendo fotografado enquanto outra groupie famosa, a GTO Miss Cinderella, fingia comer vísceras espalhadas sobre seu corpo. Anos depois, entretanto, a lembrança desses incidentes acrescentaria várias camadas ao mito Led Zeppelin. Na verdade, Elvis e os Beatles tinham feito coisas bem piores muito tempo antes de o Led desembarcar nos EUA. Em meados dos anos 1950, muito antes da chamada revolução sexual, um membro da máfia de Memphis, Lamar Fike, disse à Mojo: “Elvis via mais bundas do que o assento da privada. Seis garotas no quarto de cada vez... quando saíamos era preciso chamar a Guarda Nacional para limpar o lugar”. Ou, como contou depois John Lennon a Jann Wenner, a respeito das aventuras dos Beatles na estrada: “Pense em Satíricon [filme de Fellini]. Onde quer que estivéssemos, havia sempre alguma coisa acontecendo. Os quartos dos hotéis estavam constantemente cheios de malucos e putas e sabe lá mais o quê”.

Mesmo que o público continuasse a ignorar esses absurdos, a fantasia do astro de rock vivendo uma vida de abandono hedonista como se fosse algo a que tinha direito já se firmara; ideia fortalecida por imagens provocativas como a de um quarto cheio de mulheres nuas na foto da capa do álbum de Hendrix, Electric Ladyland, ou a famosa foto da bacanal dos Stones tirada por Michael Joseph para a o álbum Beggars Banquet, ambos lançados no final de 1968. O público que agora comprava os álbuns não era nada inocente e assistia a filmes como Blow Out, Easy Rider e, depois, Performance, Woodstock, Zabriskie Point, e até os filmes dos últimos dias dos Beatles, como Yellow Submarine, bastante influenciado pelo ácido, e Let It Be, com sua ambientação querefletia claramente a nova consciência de sexo e drogas, evidente em todos os aspectos da experiência do rock nos anos 1960. As GTOs eram uma meia dúzia de groupies amigas que ficaram famosas com o patrocínio de Frank Zappa, que teve a ideia de transformá- las em um grupo de verdade que gravaria para seu próprio selo independente, apropriadamente chamado Bizarre Records. Havia Miss Cinderella, Miss Christine, Miss Pamela, Miss Mercy e Miss Lucy (mais, em épocas diferentes, Miss Sandra e/ou Sparky). Elas apareceram no palco em vários shows do Mothers of Invention como dançarinas e/ou vocalistas de fundo. Como lembraria depois Alice Cooper, outro músico notável do selo de Zappa, em sua autobiografia Me, Alice: “As GTOs eram mais um evento de mídia do que de música. As pessoas só se divertiam com elas. Era uma viagem estar com elas...”
Até um libertino desavergonhado como Cole reconhecia que as groupies desempenhavam um papel importante para o bem-estar das bandas que trabalhavam nos Estados Unidos no final dos anos 1960. “Acho que você nunca encontrará um músico inglês que fale mal dessas garotas chamadas de groupies, porque não eram vadias ou prostitutas ou algo assim. Elas livraram minha cara muitas vezes, porque não é fácil lidar com moleques de 20 anos que estão longe de casa. Essas garotas tomavam conta deles e eram como uma segunda casa. Você podia confiar nelas. Não te roubavam.” Não era só em Los Angeles ou Nova York que as tribos se reuniam. “Havia algumas delas”, Plant lembra com um sorriso. “Miss Murphy, The Butter Queen, Little Rock Connie, do Arkansas. Algumas ainda estão por aí – mas agora são professoras e advogadas.” Não havia groupie mais famosa em Los Angeles, em 1969, do que a bela GTO Pamela Ann Miller, conhecida como Miss Pamela ou Pamela Des Barres (como passou a se chamar em meados dos anos 1970 depois de se casar com o cantor de rock Michael Des Barres). Miss P, como também era conhecida, cuidava da turma de Zappa, fazia blusas para seus namorados e, como ela disse, “era romântica demais para uma noite apenas”. Se estivesse com você, era “para toda a turnê – pelo menos localmente”. Lembrada por Alice Cooper como “uma garota de sorriso aberto parecida com Ginger Rogers”, tinha o cabelo loiro, um sorriso infantile muitas sardas; Miss Pamela era a epítome da California girl cantada pelos Beach Boys. Apesar de estar com apenas 20 anos, já tinha uma longa história de envolvimento com estrelas do rock antes de conhecer Jimmy Page, incluindo Darryl De Loach, cantor do Iron Butterfly, Jim Morrison, Noel Redding, do Jimi Hendrix Experience, Chris Hillman, dos Byrds, e o ator/cantor Brandon de Wilde. Ela também já estivera com o Jeff Beck Group. Quando o Led voltou a Los Angeles para se apresentar novamente no Whisky A Go Go em 29 de abril, Miss Pamela estava lá. Ela depois lembrou como sua amiga e groupie de Chicago, Cynthia Plaster Caster (das Plastercasters of Chicago, grupo famoso por moldar os pênis dos astros do rock em gesso), a avisou de que “a música era fantástica, mas eles eram realmente perigosos, seria melhor ficar longe deles”. Mas ela foi de qualquer jeito, com a GTO Miss Mercy. Page parecia frágil e indefeso, ela pensou, “como Sarah Bernhardt”, e ela se sentiu instantaneamente atraída pela postura “tímida, quase feminina” do guitarrista; em seu livro de memórias, I’m With the Band, ela se lembra de Page usando um terno de veludo rosa no palco, “seus longos cachos pretos empapados de suor... No final da música ele caiu no chão e saiu carregado por dois roadies...”

Depois do show houve uma festa no Thee Charming Experience, onde Miss Pamela avistou o Led “enchendo a cara na mesa mais escura do fundo”. Ela se sentiu “muito orgulhosa por não os conhecer” ao ver Richard Cole “carregando uma garota de cabeça para baixo, os saltos flutuando no ar, a calça girando em torno do tornozelo. A cara dele estava enfiada na virilha da moça e ela estava agarrada aos joelhos dele, a boca aberta num grito que ninguém conseguia ouvir. Era difícil dizer se ela estava gostando ou vivendo um pesadelo. Alguém mais estava mandando ver bem ali na mesa”. Mas ela não conseguia tirar os olhos de Jimmy, que “estava sentado à parte, observando a cena como se a tivesse imaginado: supervisor, criador, incrivelmente bonito”. Atônita, ela sumiu dali, apesar de estar com as “coxas grudentas”. Mas tinha sido notada, e, quando a banda voltou para Los Angeles, Page mandou seu farejador, Cole, atrás dela... Embora o grupo não pudesse ser responsabilizado pelas coisas estranhas ou perturbadoras que aconteciam com eles quando estavam na estrada (por exemplo, quando chegaram certa manhã a Detroit, depois de ter passado a noite em um avião, deram com um corpo sendo retirado em uma maca, enquanto no chão do lobby uma grande mancha de sangue marcava o lugar em que a vítima havia sido baleada), eles certamente adoravam o caos que a sua simples presença parecia causar aonde quer que fossem. Foi também em Detroit que a jornalista da revista Life, Ellen Sander, se juntou à turnê. Sander queria cobrir o The Who, que também estava em turnê pelos Estados Unidos naquele verão, mas não deu certo e acabaram inventando uma matéria sobre oLed Zeppelin para entrar no lugar. Era sua primeira matéria para a Life, e ela estava ansiosa, apesar de um pouco decepcionada por não estar cobrindo o The Who, banda bem mais famosa na época. Observando seu entusiasmo, Cole imediatamente organizou uma aposta para ver quem seria o primeiro a transar com ela. De sua parte, Sander iria caracterizá-los com precisão. Page era “etéreo, efeminado, pálido e frágil”. Plant era “bonito de uma forma grosseiramente obscena”. Bonzo “tocava a bateria com fúria, quase sempre sem camisa e suando, como um gorila enfurecido”. Jones era o que “unia as coisas e ficava nas sombras”. Ela concluiu que a banda “tinha o fogo e a habilidade musical a seu favor e muito incentivo; dessa vez, em sua segunda turnê, desde o início eles já eram quase estrelas”. Sander passoua maior parte do tempo com Page, não dormindo com ele como o grosseiro Cole havia previsto, mas interrogando-o constantemente a respeito dos abusos que ela havia observado na relação dele com as groupies. Ela cita Page: “As garotas aparecem e posam de starlets, provocando e agindo de maneira arrogante. Se você as humilha um pouco, costumam voltar numa boa. Todo mundo sabe para o que elas vieram”.

No final da turnê, quando foi até o camarim para se despedir, ela disse: “Dois membros do grupo me atacaram, rindo e agarrando minhas roupas, totalmente descontrolados”. Bonzo se aproximou primeiro, Sander disse, seguido por “algumas... todas aquelas mãos em cima de mim, aqueles caras grandes”. Incapaz de identificar alguém no meio da confusão, ela não tem certeza se foram mesmo os membros da banda ou os roadies. Apavorada, achando que seria estuprada, Sander diz: “Lutei até ser salva por Peter Grant, mas não antes de eles conseguirem rasgar meu vestido nas costas”. Furiosa com aquela agressão, Sander se vingou recusando-se a fazer a matéria para a Life, negando à banda o que poderia ter sido uma publicidade importante em grande escala,algo que os Stones teriam depois. Mas ela expressou seus sentimentos em um livro que escreveu depois, Trips, onde concluiu: “Se você entra nas jaulas do zoológico, consegue ver os animais bem de perto, passar a mão no pelo e sentir a energia por trás da mística. Também sente o cheiro de merda bem de perto”.

SERVIÇO

Led Zeppelin – Quando os gigantes caminhavam sobre a Terra

Autor: Mick Wall

Editora: Larousse do Brasil

Págs: 550

Preço: R$ 99

Tradução: Elvira Serapicos

Fonte e Fotos: R7

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

BLACK SABBATH: Guitarrista faz tratamento com células-tronco na mão

Tommy Iommi, que tem 61 anos e toca há mais de 40, teve que parar de tocar para fazer o tratamento.


O guitarrista da banda britânica Black Sabbath revelou em uma entrevista à BBC que está passando por um tratamento com células-tronco para tratar de uma lesão na mão. Tony Iommi, que tem 61 anos e toca há mais de 40, disse em um programa da Rádio 2 da BBC que teve que parar de tocar por um tempo para fazer o tratamento. "Tive este problema com minha mão e fiz este tratamento de células-tronco", afirmou. "A cartilagem (estava gasta entre) as juntas, e as juntas esfregavam umas nas outras. Era osso a osso e estava ficando um pouco doloroso." Iommi usava uma proteção para a lesão na mão e também usou analgésicos e anti-inflamatórios. Mas estas medidas não funcionaram e o guitarrista então tentou o tratamento com células-tronco adultas, que podem restaurar músculos com problemas e ajudar a regenerar cartilagens. "Este é o último tratamento, então vamos ver se funciona", afirmou. Iommi é um dos fundadores do Black Sabbath, banda de Birmingham fundamental do gênero heavy metal e que contava com os vocais de Ozzy Osbourne. A banda, formada em 1968, já vendeu mais de 100 milhões de álbuns e entre suas músicas mais conhecidas estão "Iron man" e "Paranoid'.
Acidente

O guitarrista, que é canhoto, já tinha sofrido um acidente nas mãos. Ele perdeu a ponta de dois de seus dados da mão direita em um acidente quando trabalhava como metalúrgico, aos 17 anos.

"No hospital me disseram para desistir da guitarra, mas eu voltei e fiz estes dedais, soldei para fazer uma ponta de dedo. Era uma versão mais bruta, mas ainda as uso hoje", disse.

Fonte: G1\Fotos: Web

PETER GABRIEL: Ex-Genesis interpretará canções de musicos renomados em seu próximo álbum


Em quatro décadas de carreira e cultuado por fãns da banda Genesis até hoje, onde foi vocalista (1967-1975) Peter Gabriel, o performatico, se lança como intérprete no seu mais recente álbum, o intitulado Scratch My Back, que tem data prevista de lançamento para o primeiro semestre de 2010.


De vocalista consagrado nos anos 70, com suas apresentações cheias de peformances quando intregrava a banda Genesis por metade dos anos 70, Peter Gabriel deu uma nova dimensão a musica progressiva depois de criar personagens ficticios e usar fantasias minimalistas, sendo uns dos precursores do chamado Rock Arte, junto com Pink Floyd, mas no auge da popularidade, com 5 álbuns lançados com o Genesis, sendo bem recebidos pela critica e publico, as tensões na banda com os demais membros tornan-se irreversíveis e logo depois da turnê de "The Lamb Lies Down on Broadway", Gabriel se desliga do Genesis em definitivo no ano de 1975. Consagrado como um grande cantor e compositor, Gabriel logo depois de sua saida do Genesis lança ótimos álbuns, mantendo ainda o aspecto sonoro da sua ex-banda, mas sem os temas surreais e teatralidade minimalista, como foco principal do seu trabalho, o músico parte para sua carreira solo, abordando temas do cotidiano e a luta politica pelo fim da segregação racial no continente africano. Com elementos progressivos em sua sonoridade cada vez mais onipresente, Gabriel chega aos anos 80 atingindo a que foi considerado o ápice da sua popularidade em sua carreira solo, com o álbum "So" de 1986 e os sucessos "Sledgehammer", "Big Time" e "In Your Eyes", Gabriel se mantinha na vanguarda musical, que parecia ser sempre seu objetivo, mas sua sonoridade já não era mais a mesma, incorporando a chamada "Wold Music" e um "Pop" extravagante em seus temas, o musico consegue atingir um publico bem mais abrangente e diversificado.

Agora, chegou a hora de investir em seu lado de intérprete de composições alheias. E ele escolheu obras de gente consagrada de várias épocas, Scratch My Back, seu primeiro CD dedicado apenas a releituras de composições alheias, está sendo finalizado para ser lançado em 2010, trás um repertório eclético mais refinado, passando por nomes renomados como David Bowie, Neil Young e Lou Reed, conteporâneos dos anos 70, e bandas do cenário atual, que vai de Radiohead, Arcade Fire, as obscuras Bon Iver e Elbow, escolhidas para representar o quem compõe o rock and roll nos últimos anos. A novas versões no "olhar" de Gabriel, serão compostas também de uma refinada sonoridade já que chegaram no álbum acompanhadas por uma Orquestra, Gabriel divulgou que diante das versões originais, dará sua versão propria a cada uma delas.

No repertório de "Scratch My Back", conterá:

Heroes (David Bowie)

Street Spirit (Radiohead)

The Book of Love (Magnetic Fields)

Flume (Bon Iver)

My Body Is a Cage (Arcade Fire)

Listening Wind (Talking Heads)

I Think It's Going to Rain Today (Randy Newman)

Après Moi (Regina Spektor or Eartha Kitt)

Waterloo Sunset (The Kinks)

The Boy In The Bubble (Paul Simon)

The Power of the Heart (Lou Reed)

Philadelphia (Neil Young)

Mirrorball (Elbow)



Fonte: R7 - Texto: Boterock\Fotos: Pesquisa Web

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

LED ZEPPELIN: Leia trechos da nova biografia da banda


A mais cultuada das bandas, no cenário Rock and Roll em todo o mundo, lança, "Led Zeppelin – Quando os Gigantes Caminhavam Sobre a Terra"

Até o final dessa semana, a biografia chega às livrarias de todo o país. O livro de 550 páginas do jornalista britânico Mick Wall conta a trajetória de uma das mais bem-sucedidas bandas de rock.

A narrativa se inicia com o término da banda Yardbirds, da qual o guitarrista Jimmy Page fazia parte. Junto com um amigo, o baixista John Paul Jones, Page planeja montar o New Yardbirds em 1968. Depois disso, o vocalista Robert Plant e o baterista John “Bonzo” Bonham entraram na banda. No ano seguinte, o grupo cria o gênero heavy metal e lança o seu primeiro disco, Led Zeppelin.
Além de contar a história da banda, Quando os Gigantes Caminhavam Sobre a Terra aborda a vida de cada um dos integrantes e do empresário Peter Grant's - o cara responsável pelos altos cachês e bons contratos com gravadoras e produtoras de shows. O envolvimento de Page com o ocultismo, as orgias com fãs e o uso de drogas também são discutido pelo autor.
Ao todo, o livro é dividido em duas partes - Ascensão e A Maldição do Rei Midas - e tem 15 capítulos. Com exclusividade, o R7 conseguiu trechos de dois deles: O Amanhecer do Agora e Canhões!. O primeiro fala sobre Jimmy Page e o Yardbirds. O segundo, das experiências sexuais da banda durante um turnê.
Com exclusividade, R7 disponibilizou partes de "Quando os Gigantes Caminhavam Sobre a Terra". Leia abaixo reprodução na integra da primeira parte disponivél.

O Amanhecer do Agora - capítulo 1
Você é Jimmy Page. Estamos no verão de 1968 e você é um dos mais conhecidos guitarristas de Londres – e um dos menos famosos. Mesmo os dois últimos anos com os Yardbirds não lhe trouxeram o reconhecimento que você sabe que merece. As pessoas falam dos Yardbirds como se Jeff Beck ainda fosse o guitarrista, e não você, apesar de tudo o que fez por eles; desistindo das apresentações de dinheiro fácil que compraram sua casa perto do rio; dando a eles uma última volta no carrossel com sucessosde linha de frente como Happening Ten Years Time Ago, mesmo com Mickie Most sugando a vida deles e obrigando-os a fazer bobagens como Ha Ha Said the Clown; ficando com eles enquanto desapareciam de vista, junto com sua própria autoestima. Eles ainda significam algo nos Estados Unidos, pouca coisa, mas em casa estão acabados. E qual é o sentido de vagar pelos Estados Unidos, eles e a outra meia dúzia de conjuntos num único pacote, ganhando menos em uma semana do que você em uma única apresentação, quando ninguém sabe seu nome nem quanto você é importante para o esquema todo? Jeff Beck? Jeff é um velho camarada, mas quem foi que o recomendou? Quem lhe fez o favor quando ele estava lá em cima? Você – Jimmy Page. Aquele que rejeitou os Yardbirds depois que Clapton saiu, não porque tivesse medo, como Eric, de que o desejo de alcançar o estrelato arruinasse sua imagem de “purista do blues” – você nunca foi um desses, seu amor pelo folk, rock’n’roll, jazz, música clássica, indiana, irlandesa, qualquer coisa e tudo, significava que você sempre sentiu pena daqueles pobres coitadosque só conseguiam gostar de uma forma de música – mas porque secretamente você tremia com a perspectiva de percorrer os pubs e clubes do país, sacolejando na traseira de uma van de merda como já fizera antes com Neil Christian and the Crusaders, acabando por ficar tão doente que não conseguiu sair da cama durante três dias. Sem poder sequer ganhar o pão com isso. Coisa para um bando de soldados. E então você recomendou seu velho camarada Jeff, que estava sem fazer nada. E ficou assistindo enquanto os Yardbirds com Beck decolavam como um foguete... For Your Love, Heart Full of Soul, Shapes of Things, um sucesso atrás do outro… Logo depois, você também foi parar nos Yardbirds. Não era para durar, e você nunca prometeu nada, mas tinha de admitir que estava tudo bem. Mesmo que fosse apenas para dar uma força até eles encontrarem alguém para substituir Samwell-Smith, fazendo o baixo vibrar como uma risada, o som era bom. Quando eles sugeriram colocar Chris no baixo, com você e Jeff na guitarra, não deu para acreditar! Você ficou imaginando por quanto tempo Jeff conseguiria lidar com isso, mas enquanto durou foi realmente muito bom. Não só o som – você e Jeff sempre tocaram bem juntos –, mas o astral, o cenário. Parecia um presságio quando você viu que estava agendado para aparecer com eles no filme de Antonioni, Blow Up. Tudo de que precisava era fazer de conta que estava tocando em um clube, descarregar a energia, uma grande gargalhada. Apesar de Jeff ter resmungado quando o velho diretor lhe pediu para destruir sua guitarra. Ele teve de fazer isso seis vezes, fingindo ser Pete Townshend, antes de o velho italiano ficar feliz. PorDeus, ele resmungou! Mas você não conseguia parar de rir. Então ele saiu. Jeff Beck, o grande herói da guitarra que não tinha disciplina alguma, brilhante numa noite, menos na outra; o chamado gato cool que não conseguia compor uma canção original para salvar sua vida e que tinha liquidado tudo para Mickie Most e seus sucessos prontos. Jeff é um camarada e você não gosta de falar mal dele, mas até Jeff sabe que Hi Ho Silver Lining era um monte de bobagens velhas; todo mundo sabe que era um monte de bobagens velhas. No entanto, lá estava ela assim queele deixou os Yardbirds, cortesia de Mickie, nas paradas e nas discotecas, no rádio e sendo dançada por todas as garotas de pernas finas e minisssaia no Top of the Pops. Bem, bom para Jeff Beck, mas e quanto a você, Jimmy Page? O que vai fazer agora que Jeff foi cuidar das suas coisas e os Yardbirds estão finalmente acabando? Você não sabe. Ou melhor, sabe, mas só instintivamente. Você ainda não tem a prova, mas a resposta – você tem praticamente certeza – está em pegar os Yardbirds e fazer algo a partir deles, pegar seu rock’n’roll gasto e a chamada experimentação – seus truques – e transformá-los em algo muito mais deliberado; algo que o faça arfar, não apenas suspirar, algo para concorrer realmente com Hendrix e o Cream e os Stones e os malditos Beatles. Que realmente mostre ao mundo quem équem e o que é o quê. Mas você também tem receio de perder o pouco de fama que conquistou, por menor que seja. A maioria das pessoas pode pensar que Jeff Beck ainda é o guitarrista dos Yardbirds, mas pelo menos ouviu falar dos Yardbirds. Quem ouviu falar de Jimmy Page, além dos produtores e dos chefões das gravadoras, dos varredores e das lindas recepcionistas dos estúdios? Além de todos os guitarristas que você substituiu nas sessões ao longo dos anos – o cara do Them. O cara do Herman’s Hermits, os inúmeros outrosde cujo rosto você não se lembra mais e que de qualquer maneira nunca reconheceriam o que você fez por eles, que nunca agradeceram... Pelo menos você sabe onde está. Autoconfiante, bem de vida, acostumado a depender apenas de si mesmo, sempre foi alguém que sabia exatamente onde estava, mesmo quando era garoto e tocava nas sessões para os mais velhos como Val Doonican. Sempre andou de cabeça erguida, sempre soube qual era o seu valor mesmo quando os outros o minimizavam,mandando você para a sessão seguinte – às vezes três em um único dia, seis dias por semana, sem que você soubesse o que lhe pediriam para tocar em seguida, ganhando um bom dinheiro, sem correr os riscos – e nenhuma glória, também, quando dava certo. Agora é sua vez de brilhar. Você está com 24 anos, é um profissional de gravação calejado que sabe tudo sobre o trabalho em estúdio, pegando as dicas de produtores famosos como Shel Talmy e Mickie Most, tocando com outros profissionais de estúdio como Big Jim Sullivan e Bobby Graham, dividindo um cigarro nos intervalos, conversando a respeito, cruzando caminhos inúmeras vezes ao longo dos anos como gatos pretos da sorte. Agora você quer fazer algo para si mesmo. Sempre quis. Chegou a hora. Algo grande, como Eric com o Cream – só que melhor. Como Jeff com Rod Stewart e Ronnie Wood – só que melhor. Como George Harrisone Brian Jones com suas cítaras da Índia, apesar de você ter sido o primeiro – só que muito, muito melhor, espere e verá. Primeiro, porém, precisa juntar as peças, encontrar os cantos do quebra-cabeça. Os anos em que trabalhou nos bastidores – no escuro, um pistoleiro contratado, fazendo o que lhe mandavam, olhando e ouvindo e assimilando, dividindo um cigarro e rindo às escondidas –, aprendendo mais do que apenas tocar. Você sabe onde colocar os microfones. “A distância dá profundidade”, como gostavam de dizer os veteranos. Você agora sabe como operar a mesa, o que faz com que os grupos sejam bonse que os grupos bons fiquem melhores. Sabe que não basta saber tocar, do contrário havia muito tempo seria uma estrela. Também aprendeu algumas coisas a respeito do negócio. Reconhece o valor de um nome e de uma boa gravadora por trás de você, os caras certos de terno. E para isso sabe que vai precisar de ajuda. Mas você está começando com vantagem. Os Yardbirds ainda tem um nome – só isso –, e você não vai abrir mão disso. Ainda não. Primeiro deve ter certeza; tem de ser preciso; seu timing,como profissional, terá de ser perfeito, você sabe disso. O problema é que o tempo está se esgotando. Só 24 anos, mas a música já está andando sem você. Você não diria isso em voz alta, mas sabe que é verdade. O Cream já está chegando ao fim e você sente que nem começou. Para todo mundo, Hendrix é o deus da guitarra, mas você ainda nem mostrou o que é capaz de fazer, não teve a oportunidade, além das sessões degravação e dos estúdios esfumaçados e das bandas desmoronando por dentro, perdidas em algum lugar na estrada americana, só contando os dias até surgir algo melhor. O tempo está se esgotando e, apesar de nunca ter dito isso em voz alta, você está começando a pensar se não teria perdido o maldito barco; se não tomar cuidado, terá de voltar para as sessões de gravação. “Virar uma daquelas pessoas que odeio”, como você diz aos amigos. A última turnê dos Yardbirds termina em Montgomery, no Alabama, com a apresentação nos Speedway Fairgrounds, um dia depois de Bobby Kennedy ter sido assassinado em Los Angeles. Vocês veem na televisão do hotel e todos fazem “óó” e balançam a cabeça e acendem mais cigarros. Mas isso não significa nada para você em comparação com a dissolução do grupo. Em meados de junho você está de novo em casa, na casa perto do rio, em Pangborne – uma casa vitoriana junto ao Tâmisa, a cerca de 40 quilômetros de Londres, com um daqueles ancoradouros no porão, não que você tenha um barco –, imaginando que diabos vai fazer agora. Felizmente, você tem uma carta escondida na manga; alguém que sabe o que você pode fazer, quem você é e o que poderia se tornar, e que compartilha com você a determinação de fazer algo, de tirar o coelho da cartola: Peter Grant. “G”. O gigante supersensível que coadministra os Yardbirds com Mickie e que te manteve em segurança durante todas as viagens, especialmente naquela terrível última turnê pelos Estados Unidos, quando Keith Relf estava saindo dos trilhos, ficando bêbado no palco todas as noites e apenas Chris Dreja ainda parecia interessado em manter as coisas de pé. G, que sentou no carro ao seu lado, preso no trânsito da Shaftesbury Avenue, poucos dias depois de voltarem dos EUA, ambos sabendo que a banda tinha acabado, falando do que iam fazer agora. G, que senta e te ouve dizer finalmente, com a voz tranquila, educada, o que você vinha pensando em segredo durante todo esse tempo, falando finalmente em voz alta: que você acha que pode pegar o grupo e fazer melhor, colocar novos membros, compor novas músicas, fazer melhor.
(Tradução: Elvira Serapicos)
Fonte: R7
Fotos: Exceto a primeira (R7), pesquisa Web.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

BOTEROCK NEWS: Stones, Stones e Stone


STONE TEMPLE PILOTS: banda deve lançar novo álbum na metade de 2010
A banda Stone Temple Pilots interrompeu as gravações do novo álbum de estúdio para dar continuidade à atual turnê que tem datas agendadas até o início de 2010. Após cumprir os compromissos no palco, o grupo deve voltar aos estúdios para finalizar o álbum.O novo disco, ainda sem nome, será o primeiro do STP desde 2001, quando lançaram “Shangri-La-Dee-Da”. Após este álbum a banda se separou e o vocalista Scott Weiland formou o Velvet Revolver com ex-integrantes do Guns n’ Roses. A previsão é que o novo álbum seja lançado entre a primavera e verão do hemisfério norte.“Quando voltarmos, vamos finalizar o álbum”, comentou o vocalista Weiland em entrevista. “E então quando terminarmos haverá uma grande turnê e provavelmente será uma turnê longa”. O Stone Temple Pilots voltou à ativa no ano passado, seis anos após terem encerrado as atividades.
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MODA ROCK N´ROLL: Ronnie Wood, dos Rolling Stones, lança linha de roupas

Pinturas feitas pelo roqueiro foram usadas como estampas. Coleção será vendida em lojas de diversos países.

As pinturas feitas por Ronnie Wood, dos Rolling Stones, viraram estampas na nova coleção de roupas que ele está lançando na loja de departamentos Liberty, em Londres, esta semana. Com ajuda da diretora criativa da marca, Tamara Salman, o roqueiro desenvolveu uma coleção com peças feitas de diversos materiais. Três pinturas de Ronnie wood foram escolhidas para estampar as peças de roupa. "I Feel Like A Painting", por exemplo, foi usada em um vestido, à venda por 495 libras (cerca de R$ 1.420). A linha também poderá ser encontrada na Harrods, em Londres, além de lojas no Japão, Irlanda, Itália e Estados Unidos.

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Guitarrista dos Rolling Stones está trabalhando com Jack White

Keith Richards disse que os dois fizeram 'algumas músicas juntos'. Músico falou ainda que quer gravar um álbum dos Stones em 2010.

Keith Richards, guitarrista dos Rolling Stones, está trabalhando com Jack White (das bandas White Stripes, Raconteurs e The Dead Weather). Os dois músicos, conforme adiantou Richards à revista “Rolling Stone” norte-americana, já gravaram algumas faixas juntos. “Gosto de trabalhar com ele”, comentou, sem dar mais detalhes. O músico disse que mantém contato com White e deixou no ar a possibilidade de tê-lo como produtor do próximo álbum da banda. “Tudo o que posso dizer é que estamos em contato.” Os Rolling Stones, aliás, podem se reunir em estúdio no início do ano que vem para começar a trabalhar em um novo disco. “Estou tentanto juntar os rapazes”, disse Richards. “De um jeito ou de outro, vou colocá-los na linha.” No começo deste mês, o porta voz dos Stones negou os rumores sobre a saida do baterista Charlie Watts depois que um site australiano divulgou a notícia.


Fontes: G1 e TDM

ZFG MOB: Trio lança o álbum "Canastra" na EMeT

Os compositores, Zaganin, Fabre & Gomes são influenciados pelos mais variados estilos e ritmos. Em 2009 o trio lança seu primeiro trabalho em CD, composto por 12 temas. O álbum intitulado "Canastra", contém quatro composições de cada integrante, expondo a gama de influências e estilos variados, aliados a qualidade musical e veia autoral.

O trio ZFG MOB conta com a formação musical eclética de seus integrantes, que juntos ou individualmente já trabalharam ao lado de Roberto Menescal, André Christovam, Léo Jaime, Andreas Kisser, Bruce Ewan, Theo Werneck, Hubert Sumlin, Bocato, Alexandre Fontanetti, Mark Ford, Vânia Abreu, Clara Ghimel, Mônica Tomasi, Flávio Guimarães e Lancaster entre outros.

SERVIÇO

Local: Auditório Mix Music Hall, EM&T JabaquaraData: 31/10/2009 (sábado)
Horário: 15h30
Endereço: Av. Eng. George Corbisier, 100 - São Paulo/SP
Convites em troca de 2 Kg de alimentos não perecíveis.
Informações e reservas pelo telefone: 11 5012-2777

Apoio: MIX FM, C&A, Shure, Santo Angelo, Staner, Meteoro, Playtech

Onde encontrar o CD:

FREE NOTE: Rua Teodoro Sampaio, 785-Pinheiros - São Paulo - SP - ww.freenote.com.br
BIG PAPA RECORDS: Rua 7 De Abril, 154 Centro - São Paulo - SP
www.myspace.com/substancemusicmiami
SOUND UP: www.soundup.com.br/loja/cds/zfg-mob-canastra

terça-feira, 27 de outubro de 2009

U2: 'The unforgettable fire' ganha relançamento, remasterizado e com bônus

DE SlAne CaStlE Ao YoU TuBe
U2 fez visita 'inesquecível' a castelo para álbum de 1984.
Disco da banda irlandesa completa 25 anos de existência.
Em uma apresentação não marcada pelo ineditismo no formato transmitido, mas marcada pela primeira transmissão do canal mais conhecido do mundo o You Tube, o U2 se apresentou para 95 mil pessoas no espaço fisico Rose Bowl na California-USA e milhões de internautas por todo o mundo, que assistiram ao show via Web.

Quando o produtor do U2, Danny Lanois, e a banda fizeram "The unforgettable fire" em 1984, eles o gravaram em um castelo irlandês porque buscavam um lugar com história, que Lanois disse que correspondia exatamente ao que ele queria.

O álbum, que foi relançado nesta terça-feira (27) em uma edição de 25º aniversário remasterizada, marca a primeira vez que o U2 trabalhou com Brian Eno e Lanois, dois produtores que depois colaborariam várias vezes com a banda, e nem sempre em um estúdio convencional.

Antes de chegar ao Slane Castle, na Irlanda, uma estrutura do século 18 de onde se avista o Rio Boyne, o canadense Lanois havia gravado em lugares incomuns e estava pronto a emprestar esse conhecimento ao U2 e a seu cantor, Bono.

"Bono estava buscando um tipo diferente de locação, um prédio que tivesse fantasmas nas paredes e algum tipo de senso de história", disse Lanois à Reuters. "De modo que nós não estivéssemos apenas num armazém moderno vazio, que nós estivéssemos de fato sentindo a presença de épocas passadas", disse ele.


Do México a New Orleans
Com os anos, o multi-instrumentalista Lanois trabalhou em lugares como o topo escavado de uma montanha no México e uma mansão vitoriana em New Orleans, e diz gostar de gravar em locais incomuns porque isso alimenta a criatividade.

Para o último álbum do U2, o atual "No line on the horizon", a dupla ajudou a produzir sessões em um "riad" marroquino - um palácio ou casarão com um jardim interior aberto, como um pátio. "Nós entramos em uma locação com um som em mente", disse Lanois.

No caso de "Unforgettable fire", inicialmente Lanois pensou que o salão de baile do Slane Castle fosse ideal para gravar, mas descobriu que era muito amplo. Por isso, a banda se mudou para uma biblioteca, onde ficou cercada por livros. Era uma área mais compacta, que permitia melhor qualidade de som.
No fim, Lanois descobriu que ter toda a banda vivendo junto no castelo durante a gravação ajudava a criar uma certa camaradagem. "A melhor parte é que todo mundo estava morando lá", disse Lanois.

"The unforgettable fire" trazia o sucesso "Pride (In the name of love)" e outras canções, como "Bad" e "A sort of homecoming." A versão que será relançada nesta terça inclui duas faixas não ouvidas anteriormente, gravadas no Slane Castle: "Yoshino blossom" e "Disappearing act."

Fonte: G1



MOTORHEAD: Livro sobre a lendária banda será lançado em novembro

Depois de rodar o mundo com sua turnê mundial, a lendária banda terá sua biografia lançada, intitulada “Motörhead: In the Studio”. Banda que passou pelo Brasil esse ano, e realizou um show memoravel no Abril Pro Rock, sendo a atração principal do festival.

A partir de 02 de novembro estará disponível nas livrarias do Reino Unido o livro “Motörhead: In the Studio”, escrito pelo biógrafo Jake Brown. A obra trará uma compilação de diversas entrevistas com o vocalista e baixista Ian ‘Lemmy’ Kilmister comentando sobre álbuns clássicos da banda. Segundo o anúncio de divulgação do livro, “‘Motörhead: In the Studio’ é o primeiro estudo abrangente sobre o lendário catálogo da banda - incluindo clássicos como "Overkill", "Bomber", "Ace of Spades", "Orgasmatron", "March or Die" e "Motörizer", entre outros - comentados através de entrevistas exclusivas com os engenheiros e lendários produtores como Tony Platt, Trevor Hallesy, Will Reid, Thom Panunzio, John Burns, Howard Benson, Ryan Dorn, Mark Dearnley, Chuck Reed, Peter Solley, Arabella Rodriguez, Cameron Webb e o baterista original Pete Gill”.“Motörhead: In the Studio” está disponível para encomenda através do site Amazon.com. O autor do livro, Jake Brown, já publicou outros títulos da série “In the Studio” bandas e personalidades da música como Heart, Rick Rubin, Prince, Jay Z, Red Hot Chili Peppers, entre outros.


Eduardo Guimarães: Redação TDM

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

PORCUPINE TREE: "The Incident" (2009)

Nos primeiros minutos iniciais, “The Incident” dá a sensação de ser a obra-prima desta banda britânica de rock progressivo. O último álbum da banda britânica é composto por 2 CDs, sendo o 1º com uma única música (de 55 minutos) dividida em 14 partes, e o 2º com outras 4 músicas.
Com aspirações bastante ousadas, “The Incident alcança” um bom êxito, mesmo havendo alguns solavancos no caminho até chegar lá. A distribuição das músicas é um pouco estranha. A faixa épica "The Incident" é ponto focal do trabalho, mas ao ser assim, as quatro faixas do segundo disco, que juntas somam apenas vinte minutos, dão a impressão de serem quase como bônus daqueles que vêm em EPs. O que é realmente ruim, porque essas quatro músicas contêm alguns dos melhores momentos de todo o material. "Black Dahlia" é uma daquelas composições melancólicas, curtas e profundas que Steven Wilson, cérebro central do Porcupine, desenvolve com uma intimidade única. A calma intro de teclado logo dá lugar a uma crescente onda de vozes “mellotron”, enquanto Wilson entoa suas letras surreais e bem construídas. Em "Remember Me Lover" Wilson traz palavras que remetem a romances passados: "It's so hard to get along, I always know what you're gonna say, and this too, I hated you, I wish you'd learn to keep your mouth shut". Essa canção é mais um daqueles grandes ganchos melódicos que Wilson faz parecer tão fácil de estruturar. Ao mesmo tempo, nos lembra o heavy metal que predominou no álbum anterior do PT, “Fear Of A Blank Planet”, o qual rendeu à banda uma nominação ao Grammy por “Best Surround Sound Album”. Falando nisso, há muito menos heavy metal em “The Incident” do que eu esperava. Não é uma continuação de “Fear Of A Blank Planet” de 2007. Na verdade, Steven parece estar privilegiando o prog-rock mais na onda dos discos iniciais do Tree. A despeito da duração, a faixa título é bastante interessante e parece mais com um conjunto de músicas ‘stand-alone’. As mini faixas presentes no disco 1 são em geral interlúdios mais curtos, com aproximadamente um minuto e meio, como "Occam's Razor", que abre “The Incident” com uma ótima parte de guitarra.
Em "Time Flies", Wilson canta "I was born in 67', the year of Sgt. Pepper and Are You Experienced", mas a cabeça de Wilson parece estar mais em sintonia com Pink Floyd, que com Beatles ou Hendrix, pois as semelhanças com Pink Floyd são impressionantes, para dizer o mínimo. "Time Flies" basicamente joga muito bem como uma versão acelerada de Pink Floyd. A letra de “The Incident” é uma narrativa solta sobre um acidente de trânsito que Steven aparentemente testemunhou. Musicalmente, ela se move a partir de partes silenciosas como "The Seance" e ritmicamente estranhas. Wilson une todos estes elementos com a sua grande habilidade na guitarra, bem como seu excelente ouvido para ganchos melódicos. Em mãos menos talentosas, algo tão ambicioso não teria funcionado. Mas o que sempre separou Steven Wilson (e o Porcupine Tree) de muitos de seus pares de prog rock/metal, é a forma com a qual o PT trata da composição a das letras em primeiro lugar, mesmo que ocasionalmente as músicas tenham cinqüenta e cinco minutos. “The Incident” é um grande álbum, ousado, profundo e fascinante ouvir, mas, como com quase tudo do PT, devemos dedicar tempo para ouvir e perceber todos os detalhes do trabalho.
O álbum já pode ser encontrado desde o mês passado, nas lojas da Europa e América do Norte, “The Incident” está disponível em CD e LP duplo e traz 18 faixas ao total. A turnê de divulgação aconteceu em setembro, pela América do Norte. No site oficial da banda é possível assistir um vídeo promocional do novo álbum e ouvir uma versão editada de “Time Flies”, uma das novas músicas. O endereço do site é: http://www.porcupinetree.com/. Abaixo o repertório da edição em CD de “The Incident”:
CD 1
01. Occam's Razor
02. The Blind House
03. Great Expectations
04. Kneel and Disconnect
05. Drawing the Line
06. The Incident
07. Your Unpleasant Family
08. The Yellow Windows of the Evening Train
09. Time Flies
10. Degree Zero of Liberty
11. Octane Twisted
12. The Seance
13. Circle of Manias
14. I Drive the Hearse
CD 2
01. Flicker
02. Bonnie the Cat
03. The Black Dahlia0
4. Remember Me Lover


José Xinho Luís: Redação TDM

HELLOWEEN: Banda regrava clássicos para comemorar 25 anos de carreira

Finalmente senhoras e senhores a banda divulgou informações sobre o álbum de comemoração dos seus 25 anos.

Segue abaixo a "carta" da banda sobre o novo album UNARMED que infelizmente será um Best Of, mas felizmente serão novas versões das músicas:

"Lamentamos profundamente e pedimos desculpas pelas semanas de silêncio - que foram semanas de insegurança para nós. Assim, estamos orgulhosos de anunciar que finalmente a Sony Music e a SPV se uniram e cooperaram com a liberação dos nossos direitos.Queremos também aproveitar esta oportunidade para dar as boas-vindas a equipe altamente motivada da Sony Music no mundo do Helloween e fans! Datas de lançamento de "Unarmed - Best-Of 25th Anniversary": 16 de dezembro de 2009 - Japão e Sudeste da Ásia (JVC / Victor) 29 de janeiro de 2010 - Europa (Sony / SPV) As datas de lançamento para o continente americano, serão anunciadas em breve."Unarmed - Best-Of 25th Anniversary" é um grande 'obrigado' a todos os nossos fãs, novos e antigos em todo o mundo! Em vez de reunir uma coletânea com nossas faixas de maior sucesso para comemorar este aniversário, estamos completamente rearranjando e regravado grandes canções e melodias da nossa carreira. Juntamente com nosso produtor Charlie Bauerfeind, estamos experimentando e testando as "novas canções". Convidamos muitos grandes músicos neste disco especial, com o destaque, sem dúvida, de ter a participação da Orquestra Sinfônica de Praga tocando na "The Keeper´s Trilogy", um medley de 17 minutos que consiste das canções "Halloween", "Keeper Of The Seven Keys" e "The King For A 1000 Years". Aqui está uma lista de todas as músicas que gravamos:

Dr. Stein

Future World

If I Could Fly

Where The Rain Grows

The Keeper's Trilogy

Eagle Fly Free

Perfect Gentleman

Forever & One

I Want Out

Falling To Pieces

A Tale That Wasn't Right


Nós não somos uma daquelas bandas que gostam de celebrar-se, nós só queremos dizer "obrigado" da nossa própria maneira especial a todos vocês que nos acompanhou ao longo dos últimos 25 anos - para nós, este álbum representa uma celebração oficial. Foi um grande desafio e uma grande experiência e tivemos muita diversão gravando nossas faixas mais importante em um equipamento totalmente novo e com novos arranjos. Esperamos que vocês gostem!"

Atenciosamente,Andi, Weiki, Markus, Sascha e Dani...

Fonte: Sole Survivor Helloween Brasil

Fotos: Sole Survivor e Wiplash